Maternidade

Cesárea: 5 situações em que a cirurgia é inevitável

A cesárea é uma cirurgia utilizada para retirar o bebê de dentro da mãe. Para isso, a equipe médica faz uma incisão na região baixa do abdômen até o útero para conseguir retirar a criança.

A Organização Mundial da Saúde orienta que até 15% dos partos devem ter a necessidade de uma intervenção cirúrgica, mas segundo dados do Ministério da Saúde, mais da metade dos partos, tanto no Sistema Único de Saúde, quanto no setor privado, são feitos por meio da cesariana.

O parto natural proporciona mais segurança, tanto para a gestante, quanto para o bebê e a cesariana é um recurso da medicina que pode proteger vidas em alguns casos específicos. Veja:


Prolapso de cordão:

O prolapso de cordão é uma ocorrência extremamente rara entre as gestante e acontece após o rompimento da bolsa, quando o cordão umbilical acaba descendo antes do bebê, correndo o risco de ser pressionado pela cabeça dele, impedindo a circulação de sangue e oxigênio, que é vital para a sobrevivência da criança dentro da barriga da mãe.

Descolamento de placenta:

O descolamento de placenta faz com que o bebê não consiga receber nutrientes e oxigênio de maneira adequada. O sangramento advindo dele pode induzir o trabalho de parto antes das 36 semanas de gestação. Como oferece risco de morte ao bebê, a cesárea de emergência é indicada.

Placenta prévia:

A placenta prévia acontece quando a placenta está obstruindo, total ou parcialmente, a saída do útero, tornando impossível que o bebê consiga sair pelo canal natural.


Desproporção cefalopélvica:

A desproporção entre o tamanho da cabeça do bebê e a pelve da mãe pode impedir que o trabalho de parto se desenvolva naturalmente. No entanto, não há como prever esse problema, pois, apenas com o acompanhamento das contrações e da descida do bebê que se pode diagnosticar a desproporção.

Sofrimento fetal:

O sofrimento fetal é caracterizado pela dificuldade do bebê em receber oxigênio e nutrientes durante o parto. O sofrimento pode ser crônico, causado por alguma doença gestacional, como pressão alta, diabetes gestacional, anemia, etc.; ou aguda, que envolve problemas como placenta prévia e descolamento prematuro de placenta. Existem dois sinais principais da ocorrência de sofrimento: a presença de mecônio no líquido amniótico e alterações cardíacas do bebê.

A cesárea  surgiu como um último recurso para salvar vidas em casos de complicações no parto, até porque, sendo uma cirurgia, traz muitos riscos para a gestante e seu bebê. A maioria das mulheres deseja o parto natural, porque ele é mais seguro, respeita o tempo de desenvolvimento do bebê, garante que mãe e filho construam o vínculo mais facilmente e, também, garante uma recuperação mais rápida no pós-parto.

Saiba mais sobre como se desenvolvem as fases do trabalho de parto.

Sobre o autor

Mariana Mendes