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Qual é a origem do Dia das Crianças? Uma estratégia comercial de sucesso!

O Dia das Crianças está chegando e com ele também vêm a lista de compras para presentear os pequenos e comemorar este dia especial em família e com muita brincadeira!

Mas, antes de partir para a pesquisa de preços e opções de presentes, que tal conferir um pouco sobre a origem da data comemorativa mais amada pelos baixinhos?

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Neste artigo, veja como surgiu esta data comemorativa no Brasil e também como ela se tornou tão popular entre crianças e adultos.


A origem do Dia das Crianças no Brasil

O Brasil foi um dos precursores do estabelecimento de uma data para comemorar a infância. Muitos anos antes mesmo do surgimento da ONU, organização que estabeleceu um Dia Universal da Criança, o Brasil já aprovou essa data.

Você provavelmente não faz ideia de quem seja este homem. Apesar de quase ninguém mais conhecê-lo hoje em dia, este é Galdino do Valle Filho, idealizador do Dia das Crianças no Brasil. Foi na década de 1920 que o então deputado federal Galdino sugeriu a criação desta data comemorativa.


Em 1924 o presidente mineiro Artur Bernardes aprovou a data de 12 de outubro como o do Dia das Crianças.

Mais de 30 anos depois, a União das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Declaração Universal dos Direitos da Criança no dia 20 de novembro de 1956 e criou o Dia Universal das Crianças.

Mas, mesmo que o Brasil e o mundo tenham criado datas específicas para nossos pequenos, na grande maioria dos casos, essa data passava em branco, sem presentes nem comemorações.

Uma estratégia comercial que deu certo

Na década de 1950 a marca de brinquedos Estrela criou a “Semana do Bebê Robusto”, que foi uma tentativa de resgatar a data criada pelo presidente Artur Bernardes, que ainda era desconhecida pela maioria da população e também pelos lojistas. A campanha tinha este nome porque na quela época um bebê gordinho era sinônimo de força, saúde e beleza.

Em 1965 a gigante marca de cosméticos para bebês e crianças, Johnson & Johnson, juntou-se à Estrela. Juntas, as duas grandes empresas criaram a Semana da Criança e usaram uma estratégia perspicaz para atingir o público: um concurso de beleza para bebês.

O concurso chamado Bebê Johnson 65 foi o primeiro de uma série de concursos que elegiam os bebês mais fofos do Brasil e os premiava. Os bebês vencedores também passavam a estampar as propagandas das marcas. Milhares de cartas chegavam todos os anos à empresa, que organizava uma bancada de jurados para escolher o bebê vencedor.

O Dia das Crianças como nós conhecemos hoje surgiu, então, de uma bela estratégia comercial que deu muito certo!

Nas décadas de 1960 e 1970 os Bebês Johnson eram badaladíssimos! Existiam fotos deles em todas as revistas, nas propagandas das marcas, pôsteres em consultórios de médicos pediatras e muitas outras formas de exibição dessas pequenas beldades.

Desde 2007 a Johnson’s Baby retomou a prática, mas agora o bebê é sorteado e não mais escolhido pela beleza, mas sim sorteado.

Uma data que se popularizou tanto como uma ocasião comercial também pode ser usada para refletir sobre os direitos das crianças. Afinal, mesmo que elas sejam presenteadas, elas são nosso mais precioso presentes, não é mesmo?

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Sobre o autor

Mariana Mendes