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Melasma: conheça as causas, tratamentos e como evitar estas manchas escuras no rosto!

De repente, você olha no espelho e nota manchas escuras no rosto. Conhecidas como melasma, essas manchas acometem – e incomodam – mulheres de várias idades e está relacionada a fatores genéticos, hormonais e exposição solar.

Atingindo 70% das mulheres grávidas e 30% das que usam pílulas anticoncepcionais, o melasma é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas pode ser controlada através de um tratamento adequado e cuidados diários específicos.

Veja neste post as causas e tratamentos para essas indesejáveis manchas na pele e o que fazer para evitá-las.

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O que é um melasma?

Melasmas são manchas escuras que aparecem de forma simétrica na face, principalmente na região das maçãs do rosto, testa, buço, queixo e dorso do nariz.

Acometem principalmente mulheres (90% dos casos), na faixa etária dos 20 a 50 anos, com uma incidência maior em mulheres grávidas ou que façam uso de pílulas anticoncepcionais.

Essas manchas não têm caráter carcinogênico e seu aparecimento não traz maiores prejuízos à saúde, porém são bastante visíveis, causando incômodo e afetando a autoestima da mulher.


Possíveis causas do melasma

O aparecimento dessas manchas está relacionado a diversos fatores como predisposição genética, exposição solar excessiva e alterações hormonais.

Sabe-se que o melasma tem relação com os hormônios sexuais femininos, principalmente o estrogênio e a progesterona, que influenciam a liberação de melanina e, consequentemente, a pigmentação da pele.

Por isso, o aparecimento das manchas é mais comum em mulheres grávidas ou que tomam pílulas, devido às alterações hormonais recorrentes nestes casos.

Seu principal fator desencadeante é a exposição solar excessiva, com uma frequência alta ou em horários impróprios.

A exposição solar pode não só contribuir para o aparecimento como piorar melasmas já existentes na pele escurecendo-os mais ainda.

O calor e a luz visível, como de lâmpadas, radiação de computadores, celulares e tablets, também são fatores que podem desencadear e piorar as manchas.

Além das grávidas e usuárias de pílulas anticoncepcionais, mulheres negras, mulatas ou de pele morena estão mais propensas a desenvolver melasma, pois possuem mais melanócitos ativos para a produção de melanina.

Alguns hábitos estéticos como depilação com cera ou esfoliações sem devida proteção solar posterior também podem contribuir para o aparecimento das indesejáveis manchas em quem já possui predisposição.

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Tratamentos para controle do melasma

As manchas podem estar em camadas mais superficiais ou profundas da pele e seu tratamento vai depender desse diagnóstico.

Existem vários produtos e procedimentos utilizados no tratamento do melasma, e muitas vezes o dermatologista pode combinar mais de uma técnica na busca de melhores resultados.

  • Ácidos: são produtos que estimulam a renovação celular e a formação de colágeno a fim de preparar a pele para receber agentes clareadores. Os ácidos mais utilizados são o retinóico, o glicólico, o azelaico e adapaleno. São medicamentos encontrados na forma de creme, gel, pomada e sérum, geralmente de uso noturno e só deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico.
  • Clareadores: são produtos despigmentantes, como o arbutin, a hidroquinona e o ácido ascórbico. São de uso tópico e tem a função de clarear e amenizar o melasma. Possuem ação lenta e seus resultados demoram cerca de dois meses de uso diário para aparecer. Mas se o tratamento for feito corretamente, seus resultados podem ser bem satisfatórios.
  • Protetor solar: Esse é um produto essencial para o sucesso de qualquer tratamento de melasma. Um dia sem proteção solar pode acabar com os resultados de meses de tratamento com clareadores.
  • Medicamentos orais: utilizados em conjunto com medicamentos de uso tópico, os ativos orais são formulações industrializadas ou manipuladas que quando ingeridas protegem a pele dos danos solares. Indicados para reforçar a proteção no verão ou antes de uma viagem onde haverá muita exposição solar. São exemplos a luteína e o licopeno.
  • Peelings químicos: são escamações da pele através de ácidos. Geralmente são feitos em conjunto com outro tratamento, como uma técnica adjunta. Devem ser utilizados com cautela, pois essas escamações costumam irritar e inflamar a pele, e no caso de melasmas, isso pode piorar o quadro, escurecendo ainda mais as manchas. Deve ser feito com prescrição e acompanhamento de um dermatologista.
  • Tratamentos a laser: são técnicas mais recentes e controversas. Deve ser usada com cuidado, pois em alguns casos de tratamento a laser, há uma melhora inicial seguida de uma piora significativa, chamada efeito rebote. Atualmente existe um equipamento, o Q-switched Nd:YAG que emite raios em pulsos ultrarrápidos, capazes de destruir a melanina sem agredir a pele. A técnica a laser sempre deve ser acompanhada de outras formas de tratamento e não deve ser encarada como a cura para o melasma.
  • Tratamento com luz pulsada: da mesma forma que o laser, deve ser usado com cautela, de forma adjunta com outros procedimentos. Os equipamentos mais conhecidos usados para essa técnica são o Quantum e o Starlux.

É possível evitar o melasma?

Como dissemos anteriormente, o melasma é uma doença crônica e não tem cura. Depois que as manchas aparecem, não há como removê-las, somente amenizar e impedir a piora através dos tratamentos acima.

Portanto, a melhor forma de evitar o melasma é a prevenção. Ou seja, total proteção solar com cremes bloqueadores, bases, boné, viseira e o que mais for necessário.

Também é importante evitar a exposição solar em horários impróprios, principalmente entre as 10 e 15 horas.

Quanto ao protetor solar, quanto maior o fator de proteção (FPS) melhor. Deve-se usar FPS30 ou superior. Ele deve ser aplicado pelo menos três vezes ao dia e dê preferência a protetores com cor, tipo base, pois eles oferecem uma proteção maior, tanto dos raios solares como da luz visível.

Ao notar manchas escuras no rosto, a primeira coisa a fazer é procurar um dermatologista. Somente um profissional poderá diagnosticar e avaliar o melasma assim como prescrever o melhor tratamento.

E se você ainda não tem essas indesejáveis manchas, não descuide da sua pele e mantenha a proteção solar todos os dias.

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Sobre o autor

Juliana Mitsuda