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Pílula do dia seguinte: esclareça todas as suas dúvidas!

Pílula do dia seguinte

Não é nenhuma novidade que o uso da camisinha é a melhor forma de evitar doenças sexuais e também uma gravidez indesejada.

No entanto, é fato que algumas vezes, seja por descuido ou até acidente, a proteção acaba ficando de lado na hora da cama.

A questão é que depois que o tesão passa, ele dá lugar à preocupação relacionada a possibilidade de uma gravidez nem um pouco planejada.

Para estes momentos pontuais, a pílula do dia seguinte surge como uma alternativa para minimizar esse risco.

Mas você sabe utilizar esse medicamento corretamente? Entende como ele funciona e quando você pode ou não usá-lo? Leia este post e esclareça todas as suas dúvidas sobre o assunto!

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O que é a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte – também chamada de pílula de emergência ou contracepção de emergência – é um medicamento em forma de comprimido que pode ser utilizado para evitar uma gravidez indesejada em casos em que a mulher tiver uma relação sexual com penetração vaginal e sem o uso de nenhum método contraceptivo.

Também pode ser utilizada em casos em que o método contraceptivo usado falha, como em casos em que a camisinha rompe, ocorre deslocamento do diafragma ou a mulher esquece de tomar a pílula anticoncepcional por dois dias ou mais. Além disso, também é indicada em casos de violência sexual.

Como a pílula do dia seguinte funciona?

O funcionamento da pílula do dia seguinte no organismo da mulher consiste no atraso ou inibição da ovulação e/ou em impedir a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

Caso a mulher já tenha ovulado, a pílula do dia seguinte atua impedindo a formação do endométrio gravídico – camada necessária para a implantação do óvulo fecundado no útero – induzindo à descamação, que gera a menstruação. No entanto, se o óvulo já estiver implantado, a pílula de emergência não interfere no processo e a gravidez prossegue normalmente.

Assim, podemos desmitificar uma das principais dúvidas relativas à contracepção de emergência, que questiona se ela seria um método abortivo.

A resposta é não. A pílula do dia seguinte não é considerada abortiva, pois de acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS) uma gravidez só se inicia com a implantação do óvulo fecundado no organismo da mãe e, como vimos, a atuação da pílula acontece em etapas anteriores a essa e em nada interfere em um óvulo fecundado já implantado no útero.

Quando e como usar?

A pílula do dia seguinte pode ser utilizada nos seguintes casos:

  • Relação sexual desprotegida com penetração vaginal e se o uso de outros métodos contraceptivos;
  • Quando os métodos contraceptivos falham;
  • Em caso de violência sexual.

A maioria das pílulas disponíveis no mercado devem ser tomadas no máximo de 72 horas (3 dias) após a relação sexual desprotegida.

No entanto, a verdade é que quanto antes a mulher tomar o medicamento, melhor. Se ingerida nas primeiras 24 horas, o risco de gravidez é de 5%. Após esse período, esse risco aumenta para 10% a 15%. Se utilizada após os 3 dias, a pílula não tem mais a sua eficácia garantida.

A pílula do dia seguinte é vendida em farmácias e não necessita de prescrição médica. O produto pode ser encontrado em versões com 1 ou 2 comprimidos, que podem ser tomados de uma vez ou com intervalo de 12 horas. Siga corretamente as instruções da bula ou as orientações de seu médico.

Existem contraindicações? E efeitos colaterais?

Não existem contraindicações para o uso da pílula do dia seguinte, até mulheres que tem contraindicação ao uso de pílulas convencionais podem fazer uso da emergencial quando necessário.

No entanto, recomenda-se que o uso seja evitado em mulheres que estejam amamentando, que têm problemas metabólicos, cardiovasculares, hipertensão, alterações na coagulação do sangue ou obesidade mórbida.

Quanto aos efeitos colaterais, os mais comuns são náusea, vômito, diarreia, dor de cabeça e nas mamas, retenção de líquidos e cansaço, mas esses efeitos são passageiros e desaparecem em menos de 24 horas.

Caso haja vômito em menos de 2 horas de tomada da pílula, é recomendável tomar o medicamento novamente.

Algumas considerações sobre o uso da pílula do dia seguinte

É importante ressaltar que a pílula do dia seguinte é um medicamento emergencial e não deve ser utilizado como método contraceptivo.

Essa pílula tem doses hormonais muito altas e por isso, não deve ser tomada repetidamente, pois seu uso em longo prazo pode trazer problemas para a sua saúde. Além disso, vale lembrar que ela não tem nenhuma eficácia na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).

Por isso, a mulher deve se proteger com um método contraceptivo regular, como o DUI, a pílula anticoncepcional, a camisinha ou a injeção por exemplo, e deixar a pílula do dia seguinte apenas para situações emergenciais.

Você já precisou tomar a pílula do dia seguinte alguma vez? Qual a sua experiência com esse contraceptivo de emergência? Compartilhe!

Sobre o autor

Juliana Mitsuda