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Subcisão: Técnica cirúrgica que trata celulites, estrias e cicatrizes

Subcisão

Nada incomoda mais as mulheres do que marcas e relevos na pele, como cicatrizes, estrias e as tão odiadas celulites, principalmente por serem problemas que não possuem fácil solução e não podem ser eliminados facilmente.

No entanto, uma técnica cirúrgica chamada subcisão pode ser uma aliada para combater esses problemas dermatológicos e oferecer uma pele lisa e uniforme, livre de marcas e relevos indesejados.

Ficou curiosa? Leia este post e saiba como a subcisão é feita, quando ela é indicada e como são os resultados. Confira!

O que é subcisão?

A subcisão – ou cirurgia subcutânea sem incisão – é uma técnica descrita em 1995, utilizada em cirurgias dermatológicas de correção de alterações e depressões no relevo da pele, tais como cicatrizes de acne, rugas profundas, celulite de grau avançado, sequelas de lipoaspiração e até alguns casos de estrias.


Ela atua rompendo os septos fibrosos – divisões fibrosas entre os compartimentos de gordura, que ligam perpendicularmente a pele e o músculo – que sofreram um encurtamento, puxando a pele para baixo e causando depressões em sua superfície.

Quando a subcisão é indicada?

A subcisão é indicada em casos onde há alterações no relevo da pele causadas por encurtamento dos septos fibrosos. Veja algumas situações onde essa cirurgia é indicada:

  • Sulcos e rugas da face;
  • Celulites;
  • Estrias;
  • Alterações e sequelas no relevo cutâneo pós-lipoaspiração;
  • Cicatrizes deprimidas;
  • Cicatrizes profundas de acne;
  • Áreas doadoras de gordura para enxertos;
  • Áreas pós-traumáticas ou afetadas por doenças inflamatórias subcutâneas.

No entanto, tudo depende da gravidade do problema. Celulites de grau leve ou moderado e estrias muito finas, por exemplo, não são beneficiadas pela técnica.


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Por isso, é feito um trabalho de avaliação para saber se a subcisão pode ser realmente efetiva, pois o uso da técnica em tipos incorretos de cicatrizes pode causar o agravamento da lesão.

Também existem algumas contraindicações para a subcisão, como gestantes e lactantes, pessoas portadoras de diabetes, que possuem problemas de coagulação, cicatrização, quelóides e infecção local ativa, ou ainda que façam uso de medicamentos anticoagulantes ou fotossensibilizantes.

Além disso, antes da cirurgia é preciso realizar uma avaliação clínica do paciente e exames laboratoriais, que detectarão a existência de problemas que possam comprometer a cirurgia ou a saúde do paciente.

Como é feita a subcisão?

A subcisão é feita através da introdução de uma agulha bisturizada sob a pele da região afetada, através de uma pequena incisão.

Ela é então manipulada com suaves movimentos circulares e de vai e vem, rompendo o tecido fibroso (septos) e seccionando vasos sanguíneos presentes na região.

O rompimento destes vasos sanguíneos originam hematomas, que estimulam a formação de um novo tecido conjuntivo e a produção de colágeno que atua preenchendo o local tratado e redistribuindo a gordura, proporcionando uma aparência mais uniforme à pele.

No entanto, como o preenchimento é autólogo, ou seja, utiliza substâncias produzidas pelo próprio corpo do paciente como material preenchedor – no caso o colágeno – a melhora na aparência das lesões são progressivas, já que a produção de colágeno no organismo é lenta. Ou seja, o resultado fica mais visível após alguns meses do tratamento.

O procedimento deve ser realizado por um dermatologista ou cirurgião plástico qualificado, mediante anestesia local injetável. No caso de áreas de tratamento muito extensas, pode-se aplicar anestesia peridural ou geral, porém somente se o procedimento for realizado em ambiente hospitalar.

A subcisão costuma durar entre 30 e 60 minutos, dependendo da extensão da área a ser tratada.

Cuidados no pós-operatório

Apesar de pouco invasivo, a subcisão causa inchaço e hematomas e exige alguns cuidados no pós-operatório, como toda cirurgia. Veja os principais:

  • Não praticar atividades físicas nas duas primeiras semanas;
  • Usar meias e cintas compressivas indicadas pelo seu médico durante um mês. Isso ajuda a reduzir os hematomas, facilita a aderência da pele ao tecido do qual se desprendeu e a produzir mais colágeno;
  • Evitar exposição solar por duas ou três semanas, seja cobrindo a área ou com o uso de protetor solar adequado;
  • Usar pomadas e cremes tópicos conforme orientação médica por até 60 dias;
  • Realizar a higienização e assepsia do local a fim de evitar infecções.

Como toda cirurgia, a subcisão pode trazer algumas complicações, principalmente se não forem realizadas as avaliações, indicações e cuidados pós-operatórios corretos. Os mais comuns são infamação da incisão, pigmentação da pele e formação de cicatrizes hipertróficas ou queloides.

Por se tratar de um tratamento cirúrgico, os resultados são progressivos e ficam mais visíveis conforme o organismo vai se reestruturando após a intervenção.

Em geral, os resultados da subcisão podem ser observados em três meses, mas a evolução depende da qualidade da pele e do grau da lesão que foi tratada. Os resultados costumam ser excelentes, eliminando ou amenizando de forma significativa as depressões na superfície da pele, já que a técnica estimula a produção de colágeno e elastina.

Você já conhecia a técnica de subcisão? Você faria esse tipo de intervenção cirúrgica? Compartilhe!

Sobre o autor

Juliana Mitsuda