Maternidade

Vínculo materno: aprenda aqui a se comunicar melhor com seu bebê

Uma boa comunicação é a chave para o sucesso de qualquer relação. Para estabelecer e fortalecer o vínculo materno não é diferente. Como então estreitar os laços com seu filho desde cedo?

Neste artigo você vai entender mais sobre o vínculo materno e como construí-lo com seu filho todos os dias.

Como estabelecer o vínculo materno ainda na gestação:

Quanto mais cedo se inicia a conexão entre a mãe e o bebê, mais cedo os frutos dessa relação estreita poderão favorecer a ambos.

Durante a gestação a mãe pode fazer vários exercícios de visualização do seu bebê, se concentrando em senti-lo ainda na barriga. Veja aqui neste post um exercício de conexão com o bebê através da auto hipnose.


Outra ótima prática é conversar com o bebê, acariciando a barriga para que ele sinta que você está falando com ele. Procure usar as mesmas frases e a mesma entonação para que se torne algo familiar para ele ao longo do tempo.

Teoria da Extero Gestação e o vínculo nos primeiros meses:

O ser humano é um dos animais que possui o filhote recém-nascido mais dependente dos cuidados da mãe. Nesse período o bebê ainda está se adaptando no mundo fora do útero, então necessita de algumas técnicas para ajudar nesse processo.

Coisas simples como embrulhar o bebê, carregá-lo no colo e cantar para ele podem fazer muita diferença. Esses gestos são a base para a construção de um vínculo. Quer saber mais? Leia este artigo.


Dicas para se comunicar melhor com o bebê:

Amamente seu bebê:

O leite materno é o melhor alimento que você pode oferecer ao seu bebê.

As fórmulas artificiais podem ressecar o cocô do bebê e agravar as cólicas, além de não ajudar na produção do hormônio que é o protagonista do estabelecimento do vínculo: a ocitocina.

Quando a mãe amamenta seu filho, tanto ela quanto o bebê produzem grandes quantidades desse hormônio. A ocitocina faz com que o bebê se sinta bem, alivia os desconfortos que ele pode sentir.

A longo prazo, o bebê passa a sentir prazer em estar na companhia da mãe e passa a gostar cada vez mais de estar com ela.

Entenda mais sobre como a ocitocina funciona neste artigo.

Aprenda a interpretar os sinais que o seu bebê produz:

Mesmo que ainda não saiba falar, o bebê acaba comunicando muito do que sente e precisa por meio de gestos e também pelo choro. Entender bem o que significa cada sinal ajuda muito quando o bebê está sentindo algum desconforto, porque diminui o estresse de todos os envolvidos em seu cuidado.

Veja alguns sinais que você pode interpretar:

  • bater a cabeça: ele fica batendo a cabeça no chão ou no berço sem apresentar um incômodo? pode ser que ele esteja entediado, alguns bebês gostam de fazer isso para se distrair;
  • arquear as costas para trás: esse geralmente é um sinal de desconforto. Os bebês se sentem confortáveis quando ficam curvados, como se estivessem de conchinha, então, quando se sentam com dor, refluxo, inquietos ou estressados, eles podem arquear as costas para trás;
  • chutar sem parar: eles chutam muito quando estão contentes e com ânimo para brincar ou também quando estão com cólica e precisam eliminar gases ou fazer cocô;
  • mãos fechadas: os recém-nascidos costumam ficar com as mãos fechadas pois ainda não desenvolveram capacidade de articular seus dedinhos, caso ele tenha mais de 3 meses de vida e continue com as mãos fechadas, avise o pediatra;
  • pés para cima: ele pode estar tentando pegar seus próprios pés, pois está conhecendo seu próprio corpo. Se esse comportamento estiver acompanhado de irritação, podem ser as cólicas;
  • abrir os braços: é um reflexo comum em recém-nascidos quando eles se assustam ou se sentem inseguros. Esse reflexo costuma desaparecer após os 3 meses;
  • mão na boca: se ele estiver chupando a mão, estalando a boca e resmungando, é fome. No entanto, após os 3 meses, se ele estiver babando demais e colocando a mão na boca parecendo esfregá-la contra a gengiva, então pode ser que os dentes estejam nascendo;
  • mão nas orelhas: pode ser que ele tenha descoberto sus orelhas e queira senti-las, mas se ele fizer isso enquanto chora muito, pode ser dor de ouvido.

Existem sinais universais, mas cada bebê também tem seu próprio jeito de ser, então procure sempre estar atenta a tudo que o bebê comunica e tente identificar padrões de comportamento para saber o que ele precisa sem muitas tentativas.

Sempre procure um pediatra se você sentir que seu bebê está agindo de maneira estranha.

Converse sempre com seu bebê:

Pode parecer estranho no começo, porque ele não vai reagir as suas palavras, porém, com o tempo ele vai olhar e aos poucos vai responder ao que você disser para ele.

Você pode começar a conversar com seu pequeno desde a gestação, sempre acariciando sua barriga.

Após o nascimento, procure conversar sempre com ele sobre tudo que você for fazer. Vai trocar a fralda? Fale com seu bebê. Vai dar banho? Converse o tempo todo com ele. Vai dar de mamar? Explique para ele. Está cansada e com dificuldade de amamentar? Conte para seu bebê.

Essa interação deixa o bebê mais calmo e ajuda na construção do vínculo. Resumindo, se você quer que seu filho seja ligado a você, seja amiga dele, compartilhando com ele o que sente. Aos poucos ele vai entender.

Brinque com seu bebê:

Brincar com o bebê possui inúmeras vantagens: brincando ele estabelece o vínculo com a mãe, aprende coisas novas, conhece mais seu corpo e se fortalece para engatinhar e andar.

Veja algumas atividades que você pode fazer com seu bebê a partir dos 2 meses até os 6 meses:

  • Bicicleta: estimule a movimentação das pernas do bebê como se ele estivesse pedalando, esse exercício também ajuda a liberar os gases que causam incômodo no bebê;
  • De barriga para baixo: deixe o bebê de barriga para baixo para que ele exercite os músculos das costas; no começo eles não gostam muito, mas tendem a gostar cada vez mais. Você pode colocar um brinquedo colorido na frente dele para que ele tente pegá-lo;
  • Aprendendo a ficar sentado: coloque o bebê sentado e segure suas mãos para que ele possa se segurar e se equilibrar com sua ajuda. A partir dos 3 meses você pode ajudá-lo a levantar segurando pelas mãos deles, porque eles já estão com a cabeça mais firme;
  • De pé: segure o bebê debaixo do braço dele e deixe que ele tente dar alguns passos. Solte o peso do corpo dele aos pouco, sempre segurando para que ele não caia;
  • Segurando objetos: dê pequenos brinquedos para ele segurar. O brinquedo deve ser pequeno o bastante para que ele consiga segurar sozinho, mas grande o bastante para que ele não consiga engolir.

Evite fazer atividades quando o bebê acabou de comer ou quando ele já está cansado. Sempre converse com ele durante as brincadeiras e se prepare para tirar fotos, porque esses momentos costumam render muitos sorrisos para guardar de lembrança e compartilhar com a família!

Não deixe o bebê chorando:

Há um mito muito difundido sobre o choro do bebê: atender ao choro rapidamente deixa a criança mimada.

Segundo especialistas, o que acontece é justamente o oposto: quanto mais rápido você atende ao choro do bebê nas primeiras semanas, mais o choro diminui com o tempo.

Tracy Cassels, psicóloga americana, responde a uma questão simples: Por que os bebês choram?

“A resposta simples é que eles estão comunicando alguma necessidade. A resposta mais complexa começa com o fato de que o choro é a única forma de comunicação que bebês novos tem, e que a evolução se deu de tal forma que os pais querem atender o choro. Irrita seus ouvidos e quebra seu coração de tal modo que você tem o impulso de atender as necessidades do bebê imediatamente, e NÃO te dá o impulso de ignorar o choro na esperança que ele pare. Não interessa se você está dormindo ou não, ou se teu bebê estava dormindo, fisiologicamente um bebê chorará quando necessita de algo”

Quando ignoramos o choro do bebê, ignoramos também nosso instinto de acolher nosso filho. Além disso, ignoramos a necessidade que ele está tentando nos comunicar. Por isso, Tracy explica em seu texto, que quando treinamos o bebê para parar de chorar acabamos promovendo o chamado “desamparo aprendido” a longo prazo.

No futuro, o “desamparo aprendido” pode causar dificuldade para expressar suas necessidades, desistência muito rápida diante de dificuldades para conseguir o que quer e também insegurança e baixa autoconfiança.

Os bebês não sabem dormir sozinhos e aprender isso leva tempo e paciência. Mas o quanto antes ele se sentir seguro e acolhido quando criança, mais sólida será sua base para se tornar um adulto autônomo e espontâneo. Vale a pena o esforço, certo?

 

O vínculo materno é algo que deve ser construído constantemente e com muita paciência. Apensar do trabalho, ter uma boa relação com o nosso bebê vale muito a pena!

Quer saber mais dicas sobre como acalmar seu bebê nos primeiros meses? Leia mais neste artigo sobre extero gestação!

Sobre o autor

Mariana Mendes