Maternidade

Tudo sobre a gravidez: o que é a placenta?

Muito se ouve falar sobre a placenta na gestação e em todos os exames de ultrassonografia há algum tipo de avaliação sobre seu estado. É preciso acompanhar o desenvolvimento e a saúde da placenta porque ela é essencial ao desenvolvimento da gestação. Mas o que é exatamente este órgão?

Neste artigo, você vai entender mais sobre o que é a placenta, quais as funções dela durante a gestação e também quais são as possíveis complicações que ela pode apresentar.

O que é a placenta?

A placenta é um órgão vascular que une o bebê, através do cordão umbilical, à parede do útero da mãe. Ela é o único órgão do corpo humano que é produzido apenas durante um período e depois é descartado, além de ser um órgão tanto da mãe quanto do bebê.

Sua formação ocorre durante o primeiro trimestre da gestação, pois antes disso, o chamado corpo lúteo que é responsável por manter a gestação e produzir os hormônios necessários.


Quais as funções da placenta na gravidez?

A placenta é o órgão responsável pelas trocas fisiológicas entre a mãe e o bebê. Essas trocas são essenciais para a saúde do bebê, mas caso a mãe consuma alimentos inadequados, faça uso de drogas ou possua alguma doença, o bebê pode ser prejudicado.

O acompanhamento pré-natal é imprescindível para que a gestação seja acompanhada e todas as medidas de prevenção e tratamentos sejam oferecidos à gestante.


As funções básicas da placenta são:

  • nutrição: tudo que a gestante consome é partilhado com o bebê através da placenta e do cordão umbilical;
  • excreção: a partir do segundo trimestre, o feto passa a engolir o líquido amniótico e a urinar dentro da barriga da mãe e a ureia produzida, é eliminada pela placenta;
  • respiração: o feto ainda não respira de maneira convencional, pois está envolto em líquido, então todo o oxigênio que ele recebe, assim como o gás carbônico que ele produz, são adquiridos e expelidos através da placenta;
  • proteção: ao ficar presa na lateral do útero, a placenta forma uma espécie de proteção contra traumas, que pode absorver impactos antes que eles prejudiquem o feto;
  • produção hormonal: a placenta também é responsável pela produção hormonal do beta HCG e da progesterona, que auxiliarão na manutenção da gestação, no trabalho de parto e na amamentação.

Grau de maturidade da placenta:

A placenta, desde a sua formação até sua dequitação, passa por um processo de amadurecimento, no qual sua estrutura vascular passa a ficar mais rígida e fortalecida com o tempo.

Esse fortalecimento da placenta ocorre por meio da sua calcificação, que é a concentração de cálcio em suas estruturas, no primeiro trimestre, logo após a sua formação, a placenta apresenta Grau 0 e sua textura é homogênea.

No segundo trimestre da gestação, geralmente a placenta atinge o Grau I de maturidade e já apresenta uma textura ondulada. A partir da 30ª semana de gestação, a placenta já pode atingir o Grau II de maturidade e, inclusive, entrar em trabalho de parto nessa fase de desenvolvimento.

Cerca de um terço das placentas chegam ao Grau III de maturidade e, neste caso, a placenta se encontra calcificada. No próximo tópico vamos explicar o que é a placenta calcificada.

Quadros que a placenta pode apresentar:

É por meio do exame ultra-sonográfico da placenta que o médico pode saber mais sobre sua textura, grau de maturidade, localização e espessura. Dependendo das informações obtidas pelos exames, e também outros sintomas, é possível identificar o quadro geral apresentado pela placenta e se ele é saudável ou se necessita de alguma intervenção.

Descolamento prematuro de placenta:

Normalmente, a placenta se desprende da parede do útero apenas após a saída do bebê, a chamada dequitação da placenta. No entanto, em alguns casos ela pode soltar-se antes da hora adequada, causando uma complicação na gestação.

Como vimos acima, a placenta é responsável pela nutrição e oxigenação do bebê, então, seu descolamento precoce prejudica o desenvolvimento do feto, podendo acarretar risco de morte para ele. Alguns dos fatores de risco que estão relacionados ao descolamento, estão:

  • traumas ou batidas no abdome da gestante;
  • pressão arterial considerada elevada;
  • descolamento de placenta em gestação anterior;
  • tabagismo na gestação.

Placenta prévia ou anterior:

A placenta pode prender-se em diferentes locais dentro do útero. Dependendo desse posicionamento, a placenta será classificada de maneira diferente:

  • placenta anterior: caso ela se posicione na parte de trás do útero;
  • placenta posterior: no caso de se fixar na parte da frente do útero;
  • lateral: se estiver localizada ao lado esquerdo ou direito do útero;
  • fúndica: quando no fundo do útero;
  • placenta baixa: é quando ela está presa na parte inferior do útero;
  • placenta prévia: é quando qualquer parte da placenta está implantada sobre o colo do útero.

O problema da placenta prévia é que ela obstrui o canal vaginal por onde o bebê deve sair durante o parto normal, se configurando como uma indicação de cesariana.

Placenta calcificada:

A calcificação da placenta ocorre quando ela atinge o Grau III de maturidade antes do que é considerado normal. Esta calcificação pode prejudicar o fluxo de trocas fisiológicas entre a mãe e seu bebê.

O obstetra geralmente faz um acompanhamento mais detalhado da gestação nestes casos, inclusive podendo pedir exames como a ultrassonografia do tipo com doppler, que é capaz de detectar a circulação sanguínea do bebê.

 Trombose placentária:

A trombose placentária acontece quando um coágulo se forma em uma das veias ou artérias, impedindo que a circulação de nutrientes e oxigênio ocorra normalmente. É extremamente rara e sua prevenção é feita por meio de exames e do acompanhamento médico no pré-natal.

Sinais de alerta:

O acompanhamento médico na gestação é a principal maneira de evitar complicações na gestação. Então, estar atenta às consultas e exames é responsabilidade da gestante e pode salvar a vida dela e do bebê, em casos de complicações. Há, também, alguns sinais de alerta que podem indicar que há algo de errado:

  • sangramento vaginal;
  • dores nas costas ou no abdome;
  • cólicas ou contrações ritmadas e com pouco tempo de intervalo;
  • tonturas e sensação de desmaio.

Caso apresente qualquer um desses sintomas, procure seu auxílio médico imediatamente. 

 

A placenta é uma das estruturas mais essenciais do corpo da gestante e sua saúde, assim como a saúde da gestante e do bebê, devem ser acompanhadas através de consultas do pré-natal e vários exames de rotina.

Gostou de saber mais sobre a placenta? Deixe sua opinião nos comentários! E depois, aproveita para conferir 3 curiosidades surpreendentes sobre a placenta!

 

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Sobre o autor

Mariana Mendes