Já pensou em amar sem amarras? Já se perguntou se as atrações que você sente por outras pessoas alem do seu parceiro poderiam se transformar em amores simultâneos? Conhece o poliamor?
Poliamor do grego πολύ – poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor, uma pratica moderna e que não se encaixa nas relações monogâmicas tradicionais, o poliamor é uma poligamia assumida a todas as partes envolvidas. Um conceito novo que desafia um dos tabus maiores da nossa sociedade: a monogamia.
A monogamia é socialmente legitimada e normativa, ou seja, é o modelo considerado certo a se seguir por todos. Mas há pessoas que não se encaixam nessa definição de relacionamento e por isso optam por praticas o poliamor por exemplo.
Especialistas afirmam que as relações vão se transformando de geração para geração, e desse modo também as maneiras de amar, as novas gerações amam de diferentes maneiras, ou seja, a forma de amar está se reformulando com o passar do tempo. Os especialistas firmam ainda que as pessoas se sentem mais livres para viver da forma como desejam e entendem cada vez mais que não é tão essencial se ligar a quantidade de pessoas envolvidas numa relação e sim se existe respeito entre os envolvidos.
Apesar de não existirem estatísticas nacionais sobre a quantidade de adeptos a essa forma de amar, esse estilo de vida, sabe-se que a nível internacional, 4 a 10% das pessoas vive ou viveu em relações de não-monogamia consensual.
O poliamor em nossa sociedade monogâmica tem sido considerado por uns uma loucura e por outros o alcance da maturidade emocional. Tudo isso porque quem pratica o poliamor tem que aprender a lidar com questões que desde a antiguidade assolam os relacionamentos. É preciso trabalhar o ciúme, a comunicação, não da pra ser possessivo, é realmente ficar feliz por ver a felicidade do outro, é aceitar que não é preciso concordar em tudo e que pode-se procurar soluções para que nenhuma parte fique magoada. Uma nova forma de conjugalidade, sem exclusividade afetiva e sexual e com igualdade de direitos. Tornando esse relacionamento mais verdadeiro e sem lugar para traições, ilusões ou infidelidades, afinal, ninguém é enganado.
Mas então o que é o poliamor?
O poliamor não é uma competição de quem tem mais parceiros, alias existem relações poligâmicas formadas por apenas duas pessoas. O poliamor também não é dizer sim a tudo, é sabe dizer não respeitando todas as pessoas envolvidas.
O poliamor é, portanto, uma opção ou modo de vida, nela vários parceiros podem estar simultaneamente envolvidos de maneira responsável, em relações íntimas e profundas que podem ser eventuais ou duradoura, ou seja, você pode amar um parceiro fixo e outras pessoas com as quais você estabelecerá relações extraconjugais, ou ainda, ter relações com várias outras mulheres ou homens em que há sentimento de amor recíproco.
O poliamor compreende o AMOR como algo que não se divide, mas que se multiplica, são relações múltiplas, simultâneas e consentidas. Não é só sexo. Na verdade mais que Sexo, é Sexo e afeto. Amores múltiplos.
Estudos mostram que casais que permitem incluir outras pessoas na sua relação sentem-se mais seguros, a partilharem mais as diferentes exigências e preocupações e a desenvolverem relações de cooperação. Peabody (1982) desenvolveu um estudo onde verificou-se que entre os indivíduos em relações poliamorosas o sexo é ligeiramente menos frequente do que entre as pessoas que optam pela monogamia e têm com apenas um parceiro. Os participantes do estudo declararam que se envolvem nessas relações muito mais em atividades sociais, onde a aceitação, a comunicação aberta e a amizade são destacadas.
Optar pelo poliamor, esse estio de vida, também pode trazer muitos desafios a nível da comunicação com os diferentes parceiros; a necessidade de desenvolver competências para a resolução de problemas; além da dificuldade em lidar com à aprovação da sociedade e não aprovação das pessoas mais significativas; dificuldade em ultrapassar os sentimentos de posse e de ciúme quando algum dos envolvidos é deixado de parte; dificuldade em lidar com a gestão do tempo e exigências individuais relativamente ao tempo gasto com cada parceiro; lidar com o medo de perda e com a necessidade de controle e existência de divergências em relação ao tempo disponível para cada uma das