Mulher faz cada coisa para conservar ou ressaltar a beleza que, às vezes, até Deus duvida. Mas, não duvide desta aqui, não: o biquíni de fita isolante chegou e está bombando em todo país e até no exterior. Acredite mais: até em Curitiba, a capital mais fria do Brasil, tem mulher curtindo o biquíni de fita isolante e fora do verão.
Não é aconselhável, também, ir à praia com esta tão simples invenção, que ‘pegou’ prá valer entre a mulherada. É que seu biquíni pode ir perdendo a força adesiva com os sucessivos mergulhos e, aí, pode descolar de vez. Já pensou, em plena praia pública? Bem, se você também levar uma saída de praia de boa proteção, tudo ainda pode ficar bem…
Marquinha do biquíni muito bem delineada
Existem três ou quatro que se autoproclamam como os criadores da nova tendência, que, no entanto, tem tudo para ser mais uma dessas maravilhosas invenções brasileiras, como, aliás, é o próprio biquíni.
O certo é que essa moda surgiu para dar à mulher a segurança do que é uma de suas maiores decepções em se tratando de culto à beleza: o sumiço da marquinha do biquíni tão logo acaba o verão. E, também, a sua consistência, aquela marca muito bem definida, o ano todo.
Clip de Anitta popularizou a nova moda
Se existe mais de um reclamando a autoria da ideia, não há dúvidas de quem a tornou bem conhecida no Brasil e no mundo: a cantora Anitta com o clip de lançamento da música Vai Malandra, feita há pouco tempo. Música sensual, com uma apresentação ainda mais carregada de sensualidade. Foi quando tudo começou para o biquíni de fita isolante.
Podem ter aparecido alguns poucos reclamando da música, mas, com certeza, nenhum homem colocou objeção à qualidade e sensualidade do clip e às ‘roupas’ de Anitta – aliás, uma única ‘roupa’ que se complementa sobre o corpo bonito da cantora. Sucesso absoluto.
Clientes vão da Zona Sul para o Realengo
Aqui entre nós, a moda é sucesso total no Rio de Janeiro, na laje da Érika Romero Martins, a Érika Bronze que, aos 34 anos, transformou a nova moda em atividade profissional e ganha dinheiro com isso. Na sua laje, todos os dias da semana, cerca de 30 mulheres se sucedem em cadeiras de praias e esteiras para pegar um bronze sobre a pele.
E isso no Realengo, longe das belas praias cariocas. E ela garante que boa parte das mulheres que a procuram – com hora marcada – mora na Zona Sul e na Barra, próximas do mar e das praias. E não é só questão de modismo: ali elas ganham o bronze com a definição bem clara do biquíni, o que as mulheres adoram.
Biquíni individual aplicado em cada pele
Embora praias também existam o ano inteiro, Érika Bronze atende todo o ano. O objetivo é exatamente fazer com que as mulheres adquiram – ou mantenham – o bronzeado o ano todo, sem estar à espera do verão. Aliás, quando o verão chega, já estão perfeitamente bronzeadas.
Na laje da Érika, a mulherada recebe todo o carinho e atendimento individualizado. O biquíni é individual, feito um a um diretamente no corpo da mulher, respeitando o delineamento já feito na sessão anterior. Tudo para garantir bronzeamento com a definição bem nítida do biquíni.
Conforme a pele, tratamento diferenciado
Logo após aplicar o biquíni, a mulher recebe uma porção de protetor solar por todo o corpo e, sobre ele, vem o bronzeador e produtos adicionais. Cada tipo de pele é tratado de forma especial. Para as mais claras, um tipo de protetor e bronzeador, para as peles mais escuras é outro tipo.
Também o tempo de exposição ao sol não é igual para todas. As mais claras ficam um tempo menor, as mais escuras podem abusar um pouco mais. Tudo, entretanto, controlado para que ninguém cometa excessos. A cada 5 ou dez minutos, uma borrifada de água para hidratar a pele. E é preciso também beber muita água para hidratar todo o organismo.
Sessões pela manhã, uma vez por semana
Érika Bronze talvez seja a verdadeira criadora da nova técnica, que pratica no próprio corpo desde os 15 anos de idade na laje que também tinha em sua casa de então, na Vila Aliança, também no Rio. Ela foi aperfeiçoando a técnica até perceber que estava descobrindo um filão para transformar em profissão. Hoje, ganha a vida na laje e é muito grande sua clientela, incluindo algumas pessoas famosas.
As sessões são, no máximo, uma vez por semana para cada mulher, em horários que vão das 9h às 11h da manhã. O sol da tarde queima mais, explica ela. Esse fato de só aplicar o sol natural uma vez por semana, para cada mulher, e fugindo dos momentos de maior insolação, não provoca problemas de pele em suas clientes, garante ela.
Dermatologistas fazem alguns alertas
Mas, será isso também o que pensam os dermatologistas? Não há unanimidade entre os profissionais médicos a respeito do biquíni de fita isolante. Alguns apontam para o perigo de alergias e dermatites alérgicas em quem aplica adesivos diretamente sobre a pele. E também há indicativos de que podem ocorrer micro traumas na pele no momento da retirada dos adesivos.
Outros médicos lembram que expor a pele de forma excessiva ao sol pode provocar os conhecidos melasmas, além de manchas na pele. E estes são os primeiros sintomas para o câncer de pele, um dos mais comuns no Brasil. Também é o sol um dos principais responsáveis pelo envelhecimento precoce da pessoa, especialmente pelas rugas no rosto, pescoço e partes visíveis do corpo, mais suscetíveis à ação solar.
Para o bronzeado antes do verão
Mas, com a aprovação ou não de profissionais médicos, o certo é que essa moda já é praticada em todo o Brasil. Exemplos claros são centros que já existem na fria Curitiba, capital do Paraná, ou em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. E, o mais curioso, é que já existe um centro especializado em curso sobre o biquíni de fita isolante em Manaus, capital do Amazonas.
Ou seja, parece não ser apenas modismo, mas, tendência que veio para ficar. Em todas as situações, a explicação das mulheres é a mesma: manter o bronzeado o ano todo. Quando o verão chegar, será apenas para retoques de praia e mergulhos no mar, pois a pele já estará preparada para a estação do sol.
Uma moda no estilo Leila Diniz
Neste ano, a moda chegou às passarelas. E não foi no Brasil, não. Foi em Miami, no estado sulino da Flórida, nos Estados Unidos. Durante os desfiles do “Miami Swim Week”, em julho último e que visa, todo ano, trazer as tendências da moda para o próximo verão, o biquíni de fita isolante transformou-se em vedete da festa.
A proeza foi replicada em desfiles em grandes cidades norte-americanas, como Nova Iorque e Los Ângeles, sempre com o mesmo sucesso. Portanto, o clip Vai Malandra, de Anitta, foi o estopim para a popularização de uma moda que já é internacional. Das lajes do Rio de Janeiro para o mundo todo. Leila Diniz, que popularizou o topless para o mundo nos anos 60, com certeza também teria já embarcado nessa onda.
O que você achou do biquíni de fita isolante? Conte para nós nos comentários!