O descolamento de placenta é muito mais comum do que podemos imaginar. Neste fenômeno ocorre a separação da placenta do útero, antes mesmo do bebê nascer. Este órgão é um dos mais importantes para manter o feto nutrido durante toda a gestação. Conheça mais sobre esse deslocamento e se existe tratamento para isso.
As mulheres que estão grávidas devem fazer o acompanhamento de todo o período de gestação do seu bebê, pois para que ele nasça de maneira saudável é importante que tudo esteja funcionando de maneira adequada.
Por isso, as consultas do pré-natal são tão importantes.
As mulheres que apresentarem um descolamento de placenta devem procurar auxílio médico para saber qual a melhor forma de tratamento. Adiantamos que essa condição é considerada grave e que no futuro pode prejudicar o bebê, causando inclusive a sua morte.
O que é o deslocamento de placenta?
Durante a gravidez, o corpo da mulher forma um órgão achatado e redondo, cujo nome é placenta. Sua principal função é a de manter o bebê nutrido e com oxigênio. Toda placenta durante a gravidez permanece colada ao útero.
Existem duas maneiras de ocorrer esse descolamento de placenta, a primeira não é considerada tão grave, ela é chamada de descolamento ovular. Ela costuma ocorrer logo no início da gestação. A mulher tem um pouco de sangramento, pois surge um hematoma entre o saco gestacional e o útero, mas nada tão grave. O tratamento é feito com repouso e a utilização de alguns remédios. Normalmente, tudo volta ao normal depois de um certo período e as chances de ocorrer um aborto é bem pequena.
Já a segunda maneira é considerada mais grave, pois ocorre um descolamento prematuro dessa placenta. Esse tipo de complicação pode levar o bebê ao óbito e a mãe perder esse útero.
Quando a gravidez está correndo de forma normal, esta placenta se mantém ligada ao útero de maneira firme, essa ligação se dá na parede interna. Quando ocorre esse deslocamento, a placenta se rompe dessa parede interna do útero antes do tempo previsto.
De acordo com especialistas, o descolamento de placenta quando ocorre de forma prematura pode ser extremamente perigoso, levando o bebê inclusive a morte em muitos casos. As complicações mais recorrentes são desse bebê nascer de maneira prematura ou então muito abaixo do peso. Além disso, pode ocorrer da mãe perder muito sangue.
O terceiro trimestre de gestação é um dos períodos mais perigosos, pois pode ocorrer o deslocamento dessa placenta. Mas é sempre bom lembrar que ele pode ocorrer em qualquer mês de gestação, então fique atenta a qualquer sinal de desconforto.
Quais complicações podem surgir com o descolamento de placenta?
Existem algumas complicações consideradas gravíssimas quando ocorre o descolamento de placenta e que sem dúvidas vai afetar a vida dessa mulher.
Confira a seguir algumas dessas complicações:
- Nascimento prematuro do feto;
- Anemia no bebê;
- Nascimento muito abaixo do previsto;
- Perda muito grande de sangue;
- Morte do feto;
- Perda do útero;
- Sangramento vaginal;
- Excesso de dores abdominais, principalmente no baixo ventre;
- Dores nas costas, na região lombar;
- Excesso de contração uterina;
- Excesso de fraqueza muscular;
- Falta de movimentação motora do bebê.
O que causa esse descolamento da placenta?
De acordo com os especialistas, ainda não se tem uma única causa desse descolamento de placenta. Existe uma combinação de diversos eventos que leva esse descolamento. Dentre esses eventos estão:
- Má formação da placenta;
- Níveis muito baixos de oxigênio.
- Rompimento da veia ou artéria materna, causando hemorragia bem atrás dessa parede da placenta;
- Alguma lesão sofrida no abdômen, causa por quedas ou acidentes;
- Grande perda de líquido amniótico que leva a uma diminuição repentina do útero, geralmente isso acontece quando ocorre o nascimento do primeiro gêmeo.
Existem fatores de risco?
A resposta é sim!
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de as grávidas desenvolverem esse tipo de descolamento de forma prematura.
Confira:
- Se a mãe já teve algum descolamento de placenta em alguma outra gravidez;
- Níveis de pressão muito alta;
- Mulheres grávidas em idade muito avançada;
- Distensão uterina acentuada;
- Uso de drogas ilícitas e lícitas como o álcool e o cigarro.
Como é feito o diagnóstico?
O único profissional que pode fazer o diagnóstico de maneira correta é o médico Ginecologista e Obstetra. Na consulta, essa mulher será perguntada sobre os principais sintomas que sente e todo o seu histórico ginecológico.
Os exames que serão solicitados provavelmente são os de imagem como o ultrassom por exemplo, alguns de ordem física como o de toque e alguns de sangue.
Exames de sangue para se diagnosticar o tempo de coagulação sanguínea são importantíssimos para a saúde da mãe e do feto.
Principais tratamentos
O seu médico Ginecologista ou Obstetra é quem vai determinar também qual o melhor tratamento a se fazer.
Os melhores tratamentos para esse tipo de descolamento ainda são:
Medicamentos intravenosos
As mulheres nesse caso, recebem a medicação na veia a fim de repor todos os fluidos que tenha perdido durante esse descolamento. O médico pode solicitar algum tipo de transfusão de sangue também para suprir o que foi perdido.
Cesariana de urgência
Este procedimento é feito apenas se a mãe e o bebê estiverem em perigo. Caso, a mãe e o bebê estejam bem e sem nenhum tipo de perigo, o tempo de nascimento deve transcorrer de maneira normal, respeitando o tempo certo, para que aconteça o parto normal vaginal.
Como prevenir esse descolamento de placenta precoce?
Você não consegue fazer uma prevenção eficaz desse tipo de descolamento de placenta que ocorreu de maneira prematura, mas você consegue se atentar a diminuir os fatores de risco que podem tornar esse problema mais fácil de acontecer.
Não consumir drogas ilícitas e lícitas, manter uma alimentação mais saudável, praticar atividades físicas mais leves podem ser ótimas formas de se manter longe desse tipo de complicação.
Por exemplo, se você tem a pressão alta e não tomar nenhuma medida para controla-la, a probabilidade do seu bebê sofrer com esse descolamento é enorme, além dele, você também.
Procure conversar com o seu médico, principalmente se essa situação já aconteceu antes na sua vida. A gravidez deve ser monitorada o tempo inteiro para que nada de errado aconteça.