Maternidade

5 mitos e verdade sobre amamentação

A amamentação é uma responsabilidade da família / Autor: Helena Lopes/ Fonte: Unsplash
A amamentação é uma responsabilidade da família / Autor: Helena Lopes/ Fonte: Unsplash

“Nasce o bebê, nasce uma mãe”. Essa frase pesa sobre os ombros de uma mulher que recebeu em seus braços um pequeno ser, de poucos centímetros e quilos, com toda a responsabilidade de cuidar e nutrir aquele que depende quase que totalmente da mãe. Esse é apenas um dos mitos que a mulher recém parida escuta da sociedade, dificultando sua adaptação com o bebê e já acarretando no processo de se culpar, tão conhecido na maternidade.

A frase faz a mulher entender que instintivamente já saberá fazer tudo, mas acontece que na vida real, ela vai se tornando mãe no dia a dia junto com o bebê, através da vivência e dos aprendizados da prática. Um dos maiores desafios que a mulher enfrenta, cheio de mitos e cobrança, é com a amamentação. Para se empoderar e ter uma lua de leite mais tranquila, confira aqui os mitos e verdades sobre o aleitamento materno:

1. Amamentar dói

Depende. Essa afirmação vai variar de acordo com cada experiência. Inúmeros são os relatos de mulheres que sofrem com muita dor e rachaduras nos seios durante as primeiras semanas de vida do bebê, mas também muitas mulheres afirmam que tiveram uma adaptação tranquila e indolor. Para que as dores sejam minimizadas, o bebê precisa fazer a pega correta.

Isso facilita seu ganho de peso e evita os machucados no seio da mulher. Para uma pega adequada, o recém nascido deve fazer a famosa boquinha de peixe, manter o queixo encostado no seio da mãe, pegar o mamilo todo, ficar com o nariz livre para respirar, ter sua barriga encostada na barriga mãe e encher a bochecha enquanto suga.


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2. Amamentar fortalece o vínculo

Verdade. Há uma forte troca de carinho entre mãe e bebê durante a amamentação. Por esse motivo os laços afetivos que estão sendo construídos nos primeiros dias de vida tendem a ficar mais fortalecidos quando o bebê mama no seio. Isso não quer dizer que quem não amamenta não pode criar lindos laços.

Quando necessário, é possível nutrir o bebê com fórmula e mamadeira e ainda assim viver troca de olhares e carinho durante esse momento. E se a mãe deseja intercalar a mamadeira com a amamentação, é preciso escolher o modelo certo. No início, o bebê tem necessidades específicas e existem mamadeiras para recém nascidos que respeitam o tamanho da sua boquinha, capacidade de sucção e alimentação. A diferença é que o peito somente a mãe pode oferecer, por esse motivo os laços da amamentação são exclusivos.


3. O bebê precisa mamar a cada três horas

Mito. Hoje em dia, diversos pediatras e o Ministério da Saúde defendem a amamentação em livre demanda. Isso quer dizer que a mãe vai oferecer o seio ao bebê sempre que ele desejar, sem se preocupar com o relógio e horário das mamadas, apenas tomando o cuidado de não deixar o bebê ficar mais de três horas sem mamar nos primeiros dias de vida, quando o ganho de peso é essencial.

Estudos comprovam que os bebês possuem uma autorregulação de saciedade e podem mamar o tanto e quantas vezes acharem necessário. Inclusive, o peito é mais do que alimento, fornecendo aconchego e segurança.

4. Existe uma posição adequada para amamentar

Mito. Como mencionamos anteriormente, o que existe é a pega correta, e nos primeiros dias de adaptação ela é facilitada com a posição tradicional, da mãe sentada com o bebê em seus braços.

Mas é possível alcançar a pega adequada em outras posições. Muitas mães optam por amamentar deitada. A melhor posição é aquela em que mãe e bebê estejam confortáveis.

5. Estresse prejudica amamentação

Verdade. Mulheres estressadas tendem a produzir menos leite. Isso acontece porque o estresse faz com que a produção de adrenalina seja elevada, e isso pode bloquear a oxitocina, hormônio que influencia na amamentação.

Por esse motivo, um pós-parto tranquilo é importante para a saúde da mãe e do bebê.

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pedrohenriqueferreiramendes@gmail.com