O próprio nome já dá pistas de seu simbolismo. Usar alianças de casamento quer dizer compromisso. A palavra tem origem no latim alligare, que remete à relação de proximidade.
E mais: quem faz uma aliança com outra pessoa faz um acordo, um pacto. Não é à toa que o anel usado por marido e esposa servem para lembrá-los – e ao mesmo tempo dizer a todos – que existe uma união.
Como o círculo não tem princípio nem fim, as alianças de casamento têm um formato circular para representar a eternidade.
Os anéis, por si só, já carregam diversos significados. No Egito antigo, as peças eram conhecidas como os acessórios representantes do que mais íntimo poderíamos usar.
As diferentes usabilidades marcam os primórdios, ou seja, a criação dos anéis. Alguns serviam de talismãs pessoais, outros em negociações comerciais; símbolos de status ou promessa de amor à pessoa amada.
Outro costume é formalizar o noivado oferecendo um jantar para as famílias, organizado pelos pais da noiva. Então, a aliança é colocada no dedo anular da mão direita da moça.
A explicação para uso do anel de noivado e da aliança de casamento no dedo anular é que antigamente acreditava-se que esse dedo teria uma veia ou nervo com ligação direta ao coração.
Sobre a mudança do anel da mão direita (noivado) para a esquerda (casamento), uma teoria é que a mão esquerda simboliza a submissão em relação ao cônjuge; a outra diz que, ao casarmos, o anel passa para a mão esquerda por causa de sua maior proximidade do coração.
Curiosidades e fatos sobre a aliança de casamento
Tempos atrás, na Europa, somente a mulher usava aliança de casamento. Só depois é que os homens passaram a fazer parte da tradição.
No passado, as alianças eram mais do que uma representação do amor; eram relacionadas ao dote que a noiva trazia para o casamento – algo que muitas vezes era negociado pelos pais dos noivos.
Portanto, aliança de casamento é também uma espécie de relíquia de uma fase na qual os matrimônios eram considerados um negócio, um contrato entre famílias. O objeto fazia parte da estratégia para preservar a segurança econômica do casal.
A aliança pode vir acompanhada de um anel (geralmente de diamantes), cujo tipo depende das condições financeiras do noivo.
Como você viu aqui, a história da aliança de casamento não possui uma só linha de pensamento, uma vez que o significado do objeto muda completamente de acordo com a religião e o conceito de casamento em diferentes culturas e países.
Além disso, nem sempre os materiais utilizados para produzir os anéis eram ouro ou outros nobres como ele.
Entre os egípcios, aproximadamente 5000 anos atrás, por exemplo, eles eram de couro ou tecido, os chamados “anéis do amor”, cujo símbolo em forma de círculo era considerado muito poderoso. Já a abertura no centro dele representava um “portão para um mundo desconhecido”.
Há relatos sobre alianças matrimoniais confeccionadas em ferro imantado na Grécia, sendo seu uso introduzido por Alexandre, o Grande. A ideia do ferro imantado na mão esquerda era garantir que os corações dos noivos fossem conectados para sempre.
Os gregos são considerados grandes incentivadores da tradição da aliança de casamento, que era também um sinal de afeição e cuidado.
Tudo indica que os romanos começaram a usar alianças depois de conquistar a Grécia. Com a conversão do mundo greco-romano ao cristianismo romano, passou a ser obrigatória a aliança na mão esquerda entre os que se casavam.
Apesar de os romanos concordarem com os egípcios em muitas coisas em relação aos anéis de casamento, eles os utilizavam também como símbolo de posse.
Enfim, o que não falta é história sobre alianças de casamento. E elas continuam a inspirar muitas outras, cada uma no seu tempo, com valores próprios e leituras diferentes – ou nem tanto assim…
Até o próximo post!
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