Maternidade

Andador para bebê: Confira 5 alternativas ao uso deste acessório

O seu bebê já está arriscando os primeiros passos e só de pensar nos riscos que envolvem o pequeno, dá até um frio na bariga, não é? O andador para bebê aparece, então, como uma solução viável, que vai garantir mais segurança e independência para o bebê. Será que isso é verdade?

No Canadá a comercialização dos andadores é proibida desde 2007 e em outros países há campanhas de profissionais especialistas que alertam para os seus riscos. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria lidera a campanha pelo fim das vendas desses produtos.

No entanto, os andadores infantis ainda são muito populares entre as mães. A maioria delas acredita que ele pode ajudar a desenvolver a criança quando falta tempo para dedicar ao bebê. E também quando há dificuldade de adaptar a casa ao pequeno. Muita gente acha ainda que o andador é mais seguro, traz independência de movimentação aos pequenos e que também facilita o cuidado.

Mas será que é verdade?


Neste artigo, confira a opinião dos especialistas sobre o andador para bebê e também saiba como estimular seu pequeno a andar de outras formas.

O que a ciência diz sobre os andadores:

Segundo especialistas, a ideia de que o andador promove maior segurança é um mito. Uma pesquisadora sueca chamada Ingrid Emanuelson estudou as principais causas de traumatismo craniano em bebês e concluiu que o andador é o produto mais perigoso para os pequenos nesta fase.

Isso acontece principalmente porque a falsa sensação de segurança que o produto traz pode fazer com que os cuidadores se preocupem menos com os acidentes e até deixem o bebê brincando sem supervisão.


Muitas mães também acreditam que o andador promove uma maior independência para o bebê. E isso é verdade. No entanto, esta independência é dada a um bebê que não possui ainda noção de perigo. Neste caso, então, essa combinação de maior independência com a ideia de falsa segurança do andador pode ser muito perigosa!

E o desenvolvimento do bebê? Ele fica prejudicado ou é beneficiado pelo andador? Bem, a Sociedade Brasileira de Pediatria explica: na verdade, o bebê que usa andador acaba se tornando muito dependente dele e possui dificuldade para ficar de pé sem a ajuda do produto.

Se pensarmos num uso exagerado do andador, o maior problema seria outro: o bebê que usa andador por longos períodos tende a engatinhar menos e, consequentemente, o seu desenvolvimento fica prejudicado.

Na hora de decidir usar ou não o andador, é melhor avaliar os prós e contras: de fato o andador facilita o cuidado, mas será que vale o risco que o bebê corre?

Os especialistas são muito firmes e dizem que o andador para bebê é perigoso e desnecessário. E você? O que acha sobre o assunto? Antes de compartilhar esse artigo nas redes sociais com a sua opinião, confira algumas alternativas ao uso do andador que são muito mais benéficas ao seu pequeno!

Veja também:

Alternativas ao andador:

Dizer que o andador é perigoso e não deve ser usado pode deixar muitas mamães perdidas: como garantir que seu filho se desenvolva e ao mesmo tempo evitar acidentes?

Se você quer saber algumas maneiras de dar aquela ajudinha para seu bebê andar, saiba que existem algumas alternativas simples para transformar o desenvolvimento do seu bebê em algo que possa ser incorporado no dia-a-dia da família.

Confira algumas dicas:

1. Adapte a casa:

Se seu bebê começou a engatinhar faz pouco tempo, fique tranquila, porque ele ainda vai precisar se fortalecer para andar. Para isso, adaptar a casa é uma ótima saída para que você não se transforme numa metralhadora de “nãos” que interrompe a brincadeira a todo o momento.

Se é difícil adaptar a casa toda, que tal fazer as mudanças num cômodo? Assim, o bebê pode ficar naquele espaço para brincar sempre que precisar. E você fica mais tranquila quanto à segurança do seu filho.

Neste post aqui há algumas soluções para a segurança da casa:

2. Crie um espaço e um tempo para as brincadeiras:

Seria muito bom se pudéssemos ficar 100% do tempo com os olhos grudadinhos neles. Até porque eles possuem um ímã natural que puxa nosso olhar. Mas, na realidade, temos outros afazeres para realizar ao longo do dia.

Então, para que você possa se organizar melhor, procure separar períodos do dia específicos para as brincadeiras do seu bebê. Se puder criar um espaço específico para isso, melhor ainda. E esse espaço pode ser “itinerante” se você adaptar lugares diferentes da casa em cada dia.

Se o seu bebê possui um quarto só para ele, a tarefa fica ainda mais fácil. Veja algumas dicas neste artigo:

3. Visitas a parques e contato com a natureza:

O contato com a natureza faz muito bem para a criança. Além do ar puro e da possibilidade de usar a criatividade. Os espaços mais amplos proporcionam muito mais possibilidades para seu bebê explorar os movimentos e fortalecer seu corpo para dar os primeiros passos.

Os bebês com até 6 meses adoram explorar novas texturas. Um gramado vai oferecer diversas experiências sensoriais para eles. É preciso apenas dar atenção especial aos objetos que o bebê leva à boca, certo?

4. Usar cadeiras e banquetas:

Quando o bebê começa a ficar de pé se apoiando nos móveis, você pode estimulá-lo preparando móveis seguros e espalhando brinquedos que ele gosta sobre eles, para que ele suba para pegá-los. Quando eles ainda estão inseguros, o cercado pode oferecer um espaço com menos riscos, no caso de acontecerem quedas.

Quando eles já estão fortes o suficiente para ficar mais tempo em pé, é natural que eles procurem objetos maiores que sirvam como apoio. Existem empurradores que você pode comprar para esse período, mas também há móveis que servem muito bem a estes propósitos: cadeiras e banquetas.

Você pode colar feltro nos pés desses móveis para evitar o barulho e os riscos no seu piso.

5. Treine os primeiros passos:

No artigo que fizemos sobre o quarto montessoriano, falamos sobre como adaptar um varão de cortina, que seja bem firme, para servir de apoio para o bebê ficar de pé. Com o auxílio da barra ele pode treinar como se levantar e se sentar novamente, além de muitas outras brincadeiras.

Um outro hábito comum entre as mães de antigamente era usar um lençol, uma toalha ou até um sling como um suporte para que o bebê consiga andar com mais segurança. As vantagens desse método é que sua coluna não ficará curvada o tempo todo e o tecido é confortável para o bebê.

Apenas tome cuidado para não deixar o bebê pendurado pelo tecido. Quando ele quiser sentar-se para descansar, respeite esse momento.

 

A primeira coisa que você deve pensar é: não existe uma necessidade tremenda de estimular seu filho a andar o tempo todo. Quanto mais tempo ele tiver para brincar, ele se desenvolverá mais rápido.

Respeitar o tempo do seu filho e não pressioná-lo fará muito bem à ele e também a você! Deixa de neura! Cada bebê tem seu tempo. E se você achar que está demorando demais, é melhor procurar um especialista, ok?

Sobre o autor

Mariana Mendes