Maternidade

Bebê com tosse: confira aqui dicas básicas para tratar esse problema

O bebê com tosse pode tirar o sono dos pais. Existem inúmeras doenças respiratórias que podem acometer o pequeno e o primeiro sinal de tosse pode preocupar. Além disso, a tosse perturba as atividades mais básicas da criança, como a alimentação e o sono.

A tosse é uma resposta natural do corpo a algum incômodo no sistema respiratório. Se há secreções ou alguma irritação no sistema respiratório do bebê, a tosse é um reflexo que possui como objetivo eliminar essa secreção ou motivo de irritação.

Observando o tipo da tosse, os aspecto das secreções e também o tempo de duração dos acessos de tosse pode ajudar a identificar se elas são resultado de uma alergia, uma infecção ou uma gripe.

Neste artigo, confira dicas básicas para tratar o bebê com tosse. Saiba quais são os tipos de tosse, o que eles indicam e o que fazer quando o bebê está com tosse.


Bebê com tosse seca:

A tosse seca que dura cerca de 3 semanas pode ser causada por uma gripe ou resfriado que já está no final. Se a tosse dura de 3 a 8 semanas, pode ser porque o bebê está com alguma infecção por vírus no sistema respiratório. Tosses que persistem após as 8 semanas precisam ser acompanhadas por um médico especialista.

A primeira coisa a se fazer quando o bebê está com tosse sem catarro causada por gripes e resfriados é lavar o nariz com soro fisiológico e fazer inalação simples, apenas com soro. Essas duas atitudes podem ajudar a hidratar e diminuir a irritação das vias aéreas.

Se a tosse for alérgica, é importante eliminar os fatores que contribuem para ela. Nestes casos, evite que o bebê entre em contato com fumaça de cigarro, poeira e animais de estimação. Procure sempre manter o local arejado e evitar que ele fique muito seco. Nos dias mais secos, use umidificador de ar. Caso não tenha um em casa, você pode pendurar uma toalha molhada no quarto ou colocar uma bacia de água debaixo da cama.


Nunca dê nenhum medicamento ao seu bebê sem consultar um médico. Muitos medicamentos para gripe podem ser prejudiciais para o organismo ainda frágil dos bebês menores de 2 anos.

Tosse com catarro ou Síndrome do Bebê Chiador:

Se o peito do bebê está “carregado” e sai secreção quando ele tosse, é preciso atentar para alguns detalhes. A secreção ou o catarro é sinal de que existe algum tipo de infecção no sistema respiratório. Nestes casos, sempre procure um médico.

A tosse com catarro pode indicar que a gripe evoluiu para uma infecção bacteriana, pneumonia e até mesmo outras doenças. Sempre fique atenta ao aspecto do catarro.

Quando ele é transparente, esbranquiçado e molhado, é sinal de que há uma gripe ou resfriado. Se a secreção ficar mais consistente e amarelada ou esverdeada, é sinal de que uma infecção está em curso. Nestes casos, é possível que o bebê tenha febre por alguns dias.

A tosse com catarro também pode ser aliviada com inalação com soro ou com medicamento, apenas com indicação médica.

Bebê rouco e com tosse:

Se o bebê está rouco e com tosse, possivelmente está com uma laringite, que é uma inflamação na garganta. A laringite não é grave, no entanto é preciso cuidar para que não se torne algo mais perigoso. É uma infecção comum das estações mais frias. As possíveis causas da inflamação são bactérias, vírus e, em alguns casos, refluxo.

Pode ser que a infecção cause febre, por isso, fique atenta à temperatura do bebê e ofereça o anti-térmico que o pediatra indicar quando a febre estiver alta.

A dor na garganta pode atrapalhar a alimentação do bebê e também perturbar o sono, já que os acessos de tosse costumam ser fortes, os chamadas de “tosse de cachorro”.

Se você está preocupada com as suas noites insones tentando acalmar sua cria, saiba que a laringite costuma durar cerca de uma semana e, se for tratada direitinho, os acessos de tosse diminuem após os primeiros quatro dias.

Quando as crises de tosse estiverem mais agressivas, procure fazer uma nebulização com o bebê. Você pode ligar o chuveiro numa temperatura bem quente e manter o banheiro fechado até que ele fique tomado pelo vapor da água. Entre com o bebê no banheiro e fique com ele por cerca de 15 minutos. Procure deixar o bebê calmo e tranquilo.

A inalação com soro fisiológico também é uma boa opção para diminuir o incômodo do bebê. Além de mantê-lo muito hidratado.

Sinais de alerta:

É sempre recomendável consultar um médico para tratar adequadamente a tosse do bebê. Entretanto, há alguns casos em que é preciso ir ao hospital rapidamente:

  • dificuldade para respirar: se o seu bebê apresentar dificuldade para respirar, se esforçando muito para puxar o ar ou até mesmo fazendo respirações curtas e rápidas vá ao hospital imediatamente;
  • recém-nascidos: bebês com menos de 3 meses de vida que tiverem tosse devem ir ao hospital o quanto antes;
  • coqueluche: se o peito do seu filho tiver um chiado agudo, parecido com um apito, pode ser uma infecção gravíssima;
  • catarro com sangue: se a secreção liberada pelo bebê na tosse apresentar sangue;
  • febre alta: em bebês até 6 meses febre de 38 graus e bebês a partir de 6 meses com 39 graus de febre possuem risco de convulsionar;
  • doenças crônicas: bebês com doenças pulmonares ou cardíacas devem ir ao hospital imediatamente em caso de tosse.

Neste vídeo do canal Doutor Ajuda, você pode conferir outras causas possíveis para a tosse do seu bebê, como a pneumonia e até a inalação de pequenos objetos e alimentos:

Xarope caseiro de agrião para bebê com tosse:

Quem não dispensa uma boa receita caseira para ajudar na recuperação do pequeno tem uma notícia boa: esse xarope ajuda a combater os sintomas.

Para bebês com mais de 1 ano, faça um xarope com mel, limão e agrião. Dê uma colher à noite antes de dormir. Se o bebê ainda não possui 1 ano, faça o xarope com açúcar mascavo.

Depois que seu bebê já estiver melhor, ofereça sempre uma colher de mel antes dele deitar para dormir, pois ele ajuda a prevenir problemas respiratórios. Mas lembre-se: mel não é indicado para bebês menores de 1 ano.

Veja também:

A tosse pode trazer muito estresse para o ambiente familiar, mas se for tratada corretamente, fica cada vez mais fácil de lidar com ela quando volta. Espero que essas dicas tenham ajudado você!

Sobre o autor

Mariana Mendes