Kudzu é uma planta medicinal nativa do Japão que chama atenção não somente pela quantidade de usos, mas também pela variedade deles. Disseminada na China e Ásia, chegou aos Estados Unidos, e tem sido cultivada no mundo todo graças aos seus benefícios em diversos sentidos.
Ela nasce espontaneamente nos bosques do sul dos EUA, sendo sua propriedade mais conhecida a atuação na luta contra a vontade de ingerir bebidas alcoólicas e de fumar.
Pueraria Lobata ou Kudzu é, na verdade, uma leguminosa de fácil cultivo. E importante tanto para a medicina tradicional chinesa quanto para a medicina erval, que encontra adeptos nos quatro cantos do planeta.
Antes de prosseguir é bom lembrar que é fundamental o acompanhamento especializado, a supervisão profissional ao administrar ervas em nossa dieta. As plantas medicinais também podem ter contraindicações, efeitos colaterais e interações medicamentosas.
Quanto à possível toxidade do kudzu para o organismo humano, vale a pena destacar que, mesmo não sendo oficialmente comprovada a condição de tóxica de uma planta medicinal, se não forem respeitadas as doses indicadas, seus resultados terapêuticos podem não ser tão efetivos. E em determinados casos, os efeitos podem ser perigosos.
O kudzu em doses moderadas e com orientação adequada pode combater inúmeros tipos de alergias, diarreia, dores de cabeça intensas, resfriados e doenças causadas por vírus.
A planta é considerada completa por muitos graças também às propriedades antioxidantes que dão a ela a função de atuar contra algumas formas de câncer.
Outro benefício do kudzu seria a melhora de nosso aparelho cardiovascular, além da capacidade de baixar a pressão arterial – ajudando a diminuir o risco de ataques cardíacos.
Para obter os benefícios do kudzu, é recomendado preparar a erva como infusão. Você pode utilizar folhas, talos e raízes para fazer a bebida. Mas existem as versões prontas, em cápsulas, extratos e tabletes.
Curiosidades e mais vantagens do kudzu
Ainda é necessário estudo científico apurado para entender a relação entre o tabagismo e o kudzu. No entanto, acredita-se que há um mecanismo de alívio que a substância pueraria, encontrada na planta, é capaz de produzir nos fumantes.
A pueraria teria o poder de interferir no acoplamento de determinados elementos químicos junto aos neurorrecptores cerebrais, reduzindo o desejo de fumar.
Já em relação ao alcoolismo, pesquisas indicam que o kudzu atua de uma forma totalmente diferente. Neste caso, o mecanismo seria a eliminação de um subproduto tóxico do álcool no fígado.
Há centenas de anos, os chineses utilizam justamente este processo para tratar a ressaca provocada pelo álcool. Na China, a erva recebe o nome de ‘ge gen’, tendo sido definida na Dinastia Han (206 a.C. – 9 d.C.) como uma das 50 ervas mais importantes do “Cânone de Shen Nong”.
No Japão, a planta é conhecida como ‘kuzu’ e tem muitas utilidades, da alimentar à produção têxtil, além da fabricação de remédios.
Embora muita gente reconheça os efeitos positivos da planta e da pueraria, pesquisadores ainda não têm todas as respostas sobre o kudzu.
Um exemplo de teste bem-sucedido é o que foi feito em 1998, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A experiência com camundongos que receberam o equivalente a 5 taças de vinho por dia (para uma pessoa) revelou que, depois da ingestão de kudzu, os animais preferiram tomar água.
Relatos apontam o kudzu como um recurso que induz à moderação de hábitos como fumar e beber. Certas pessoas que recorrem à planta não deixam totalmente o vício, mas acabam diminuindo bastante o consumo de cigarro ou álcool.
Não deixa de ser animador perceber resultados assim, não é mesmo? Mas lembre-se de consultar seu médico para receber orientações adequadas sobre tratamentos e remédios.
Até a próxima!