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Cisteína: entenda por que seus cabelos precisam dela

A cisteína é um aminoácido. Seu nome vem da palavra grega kustis, que significa “bexiga”. Ela recebe esta denominação porque, inicialmente, foi isolada a partir de cálculos renais na forma de cistina. Quer saber mais sobre ela? É só conferir o artigo de hoje!

O que é?

Este aminoácido é achado principalmente em proteínas na glutationa. Se exposto ao ar ou em certas condições fisiológicas, sofre oxidação e vira cistina, sendo esta composta por duas moléculas de cisteína.

Na verdade, cistina é a versão estável da cisteína. Como você pode notar, a semelhança dos termos cistina e cisteína não é à toa. Outro detalhe interessante é que o organismo consegue converter um aminoácido no outro, se precisar.

Por todos estes motivos, é fácil entender por que os dois são tratados como sinônimos. A cistina é um dos poucos aminoácidos não essenciais com enxofre em sua composição.


Com a popularização dos benefícios da cisteína, o consumo de suplementos à base de cistina tem aumentado.

A relação entre cisteína e a saúde dos cabelos

A cisteína é o principal elemento da queratina do cabelo, ou seja, é fundamental para manter o crescimento e a beleza das madeixas. Cabelos longos, sedosos, nutridos e com brilho dependem deste aminoácido, que faz ligação com outras proteínas para formar os fios.


Lembrando que, de modo geral, aminoácidos são blocos de construção de proteínas que exercem funções específicas no organismo ao fazerem conexões com determinados nutrientes.

Além da produção da cisteína por nosso corpo, ela é encontrada no leite, ovos, carne vermelha, aves, queijo, iogurte, grãos e vegetais (brócolis, cebola e couve-de-bruxelas, por exemplo).

Há também a cisteína sintética em comprimidos. Ao ser ingerido, o aminoácido é liberado no sangue e absorvido pelo couro cabeludo, chegando a uma estrutura chamada de haste capilar.

Existem ainda produtos como máscaras e condicionadores com este aminoácido na fórmula, feitos especialmente para aplicar a cisteína diretamente nos fios e deixá-los mais cuidados.

Este micronutriente é o principal composto na fabricação de várias escovas, entre elas a Marroquina e a Defrisagem Gradativa. Os procedimentos ganharam visibilidade depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu o uso do formol.

Então, as indústrias de cosméticos (pelo menos as mais sérias) criaram novas composições para as escovas progressivas, com produtos que não colocam em risco a saúde dos clientes e dos profissionais que aplicam as substâncias.

Confira os benefícios da cisteína para os cabelos

• Promove o alinhamento uniforme das cutículas;
• Permite brilho mais intenso e duradouro;
• Favorece o crescimento do cabelo;
• Ajuda a reduzir o volume dos fios, deixando seu aspecto mais disciplinado e equilibrado;
• Auxilia na reestruturação e fortalecimento capilar.

Outras aplicações e considerações sobre a cisteína

A cisteína serve para complementar a nutrição de crianças que recebem alimentação por meio de via parenteral total (que não ocorre por via digestiva, mas por injeção).

Outra maneira de utilização da cisteína é em preparos para ajudar a tratar doenças de pele. Em conjunto com o selênio e as vitaminas E e C, ela auxilia na manutenção dos genes de defesa ativados.

Com isso, inibe os efeitos danosos dos raios ultravioleta sobre o DNA das células, reduzindo a chance de ocorrência do câncer de pele.

A L-cisteína pode ser empregada no combate a alguns tipos de acne, especialmente quando o tratamento com peróxido de benzoil aumenta a inflamação. Embora possua inúmeros benefícios, a cisteína é capaz de provocar reações adversas, tais como febre, náuseas e vômito.

O efeito da substância sobre o feto não é conhecido até o momento. Portanto, o aminoácido só deve ser prescrito para grávidas quando extremamente necessário.

Consulte profissionais de saúde e/ou nutricionista para tirar todas as dúvidas e ter orientações precisas.

Até a próxima!

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Fatima