Muito se fala sobre a importância da amamentação do bebê, mas as formas mais adequadas de desmame ainda não são devidamente difundidas.
Existem macetes, muito comuns antigamente, que se mostraram não muito adequados, mesmo que tenham funcionado. É o caso do desmame abrupto, aquele que acontece de uma hora para outra. O uso de algumas mentiras e enganações podem ser danosas para a criança e causar um sofrimento desnecessário.
Por isso, neste artigo iremos ensinar a como fazer um desmame respeitoso para evitar sofrimentos desnecessários tanto para a mãe quanto para o bebê.
O desmame respeitoso:
O desmame conduzido que respeita a criança é um processo que pretende acelerar um pouco o desmame natural, que poderia levar mais tempo. O ponto central dessa técnica é entender que a criança substitui os benefícios nutricionais e afetivos do peito por outros.
O que isso significa? Isso quer dizer que para que o desmame conduzido seja gentil e respeitoso, é preciso que a criança tenha nos alimentos sólidos uma fonte boa de nutrientes e também que a relação da criança com a família seja fortalecida cada vez mais.
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Qual é o momento ideal para o desmame conduzido?
O momento mais saudável para o desmame conduzido é após os 2 anos de idade. Porque nesta idade a criança já pode se alimentar muito bem e de maneira saudável e começa a ter noção de como lidar com seus sentimentos sem o seio materno.
Basicamente, é preciso avaliar os sinais de que o desmame natural se aproxima. Os sinais de desmame são, basicamente, quando a criança passa a mamar menos e começa a se interessar por outras formas de se acalmar, conseguir dormir e se alimentar.
A partir daí a mãe e a família vai auxiliar a criança a passar por essa transição com mais agilidade.
Dicas para fazer o desmame conduzido:
- Da introdução alimentar à alimentação plena: a qualidade é mais importante que a quantidade de comida, por isso, procure garantir que a comida da família seja saudável e seu filho se interessará por ela gradualmente. Tenha paciência ao oferecer e tente envolvê-lo no processo de cozinhar e servir a comida, isso pode transformar a relação dele com a comida;
- Administrando as emoções: a criança com certeza possui diferentes choros para diferentes sentimentos, ajude-a a rotular cada um: fome, tristeza, raiva, sono, dor, necessidade de atenção. Sempre converse e explique as situações para seu filho ou filha, mesmo que a criança ainda não entenda completamente, ela perceberá a intenção e o respeito.
- Criando substitutos: quando identificar a demanda da criança, procure atender a necessidade antes de dar o peito. Se forem necessidades emocionais, comece a introduzir outras formas de lidar com aquilo: um abraço, um beijo, uma canção, uma forma de provocar riso… Nas primeiras vezes, ofereça o peito junto com essas novas formas, depois tire o peito aos poucos e ofereça apenas a nova solução. O ideal é que ela funcionem como pequenos rituais para acalmar, distrair e acolher a criança em cada momento necessário. Lembre-se de envolver todos da família nessa tarefa;
- Comunicação é a chave: fale sobre o desmame com a criança. Isso pode ajudar o processo, pois pode gerar maior compreensão do que está acontecendo e afastar pensamentos relacionados à rejeição e frustração que podem resultar em comportamentos difíceis de lidar;
- Local fixo de mamada: acostume a criança a mamar sempre no mesmo local, de preferência um local onde a criança não fique muito. Isso irá ajudá-la a perceber que para mamar ela deve interromper o que está fazendo para se alimentar. Aos poucos ela vai diminuir ainda mais a quantidade de mamadas.
Sinais de alerta:
Como saber se a estratégia está dando certo? Como descobrir se a criança está ficando traumatizada?
É impossível ter certeza em todos os casos, principalmente porque cada criança age de uma maneira, possui uma personalidade única. Para saber se a criança está se adaptando bem, basta ficar atenta ao comportamento dela.
Quando a criança sente muita falta do peito, ela fica extremamente triste, seu comportamento se transforma. Ela pode aparentar rebeldia, que é uma das maneiras de lidar com o sentimento de rejeição.
Caso você perceba mudanças drásticas de comportamento que indiquem que a criança não está conseguindo lidar a situação, repense o desmame, avalie se é realmente o melhor momento e tente detectar onde estão os erros.
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