A finasterida é uma substância ativa usada para o tratamento da calvície. O especialista indicado para tratar os casos é o tricologista. O produto é indicado apenas para homens e auxilia na prevenção de queda e crescimento dos cabelos.
Cada vez mais vaidosos e preocupados com a saúde, muitos procuram o medicamento, que é indicado quando as causas são hormonais ou genética.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a calvície ou alopecia androgênica atinge aproximadamente 50% dos homens.
Ela é comum nas idades entre 18 e 35 anos e, quanto mais cedo surge, maior é a chance de afetar a autoestima masculina. O uso diário da finasterida deve ser mantido, no mínimo, em um período de três meses e observar se há aumento capilar ou diminuição da queda.
Como funciona?
A testosterona é um hormônio produzido em ambos os organismos – masculino e feminino – nas glândulas suprarrenais. Nos homens aparece em maior quantidade nos testículos. Já nas mulheres, é encontrada no ovário em menores volumes.
Com inúmeras funções no organismo, é responsável pelo sistema reprodutor masculino do feto dentro do útero, mudanças durante a puberdade masculina, crescimento dos músculos, densidade dos ossos, atua nos níveis de energia, desejo sexual, entre outras características.
Cerca de 5% da testosterona circulante é de di-hidrotestosterona (DHT), uma forma mais potente da finasterida.
A DHT se liga aos folículos capilares e faz com que eles sofram uma atrofia progressiva chamada de miniaturização, ou seja, afinamento do fio.
Logo, o medicamento atua na inibição da enzima 5 alfa redutase. Essa é responsável pela transformação da testosterona em DHT.
Porém, ela não possui efeito vitalício e isso difere de pessoa para pessoa, atingindo níveis de 2 até 15 anos de ação.
O componente funciona em 83% dos casos. Alguns pacientes apresentam disfunções hormonais que causam a queda dos cabelos, tendo que associar outros complementos ao tratamento. Mas, também aparece como um potente coadjuvante na cirurgia de transplante capilar.
Confira os benefícios da substância
- Os fios crescem, em média, 1,25 cm por mês;
- A partir do terceiro mês de uso, é possível ver o crescimento dos fios;
- A substância controla também as glândulas sebáceas;
- Formulações de uso tópico como géis, loções e pomadas evitam os efeitos colaterais;
- A finasterida pode ser combinada com tônicos de Minoxidil e/ou shampoos de cetoconazol para maior sucesso do tratamento.
Resultados da finasterida
O medicamento reduz a caída dos fios, ou seja, ele inibe que as áreas calvas fiquem mais aparentes e a queda se desenvolva mais devagar no couro cabeludo masculino. Além, também, de facilitar a recuperação do folículo capilar, aumentando assim o número de cabelos nas áreas calvas do couro cabeludo.
A finasterida apresenta melhor resultado quando a calvície é leve ou moderada, quando a área calva atingida é o topo da cabeça.
O uso contínuo faz-se necessário para o sucesso do tratamento e o resultado só é visto após três meses. Mesmo seguindo todas as recomendações, a recuperação total dos fios não é garantida.
Fique atento às contraindicações
Só pode ser vendida com prescrição?
Sim e não. Embora a prescrição deva ser feita por um médico, após exames de fígado e hormonais, que indicará o melhor tratamento para cada caso, atingindo assim os resultados esperados pelo paciente sem complicações futuras. Além, é claro, de um acompanhamento especializado para o seu caso.
Não indicado para mulheres
Por ser teratogênica, é proibido para mulheres, principalmente as que estão no tempo fértil.
O uso da finasterida pode causar anomalias que levam a má formação do feto no sexo masculino e até o manuseio do comprimido é desaconselhado a fim de evitar que o farelo ou pequenos pedaços possam ser ingeridos ou entrar em contato com a corrente sanguínea da mulher.
Ainda, a droga não apresenta resultados tão significativo quanto nos homens.
A substância interfere na libido
Após o uso contínuo da finasterida, alguns casos apresentaram a redução da libido, disfunção erétil e baixa no volume de ejaculação, baixa qualidade do sêmen, sensibilidade das mamas e hipersensibilidade.
Essa interferência na vida sexual masculina causada pela finasterida pode acarretar também em uma depressão leve e baixa autoestima.
Porém, após a descontinuação do medicamento, esses efeitos diminuem gradativamente e, assim, o homem retorna à sua vida sexual regular com a/o parceiro.
Síndrome pós-finasterida
O termo é usado para relatar efeitos colaterais persistentes na esfera mental, sexual e física dos pacientes que fizeram o uso e interromperam a droga e os efeitos permaneceram.
Após pesquisas em pacientes que apresentaram essa síndrome, criou-se uma fundação nos Estados Unidos, Post-Finasteride Syndrome Foundation, para estudar os efeitos da droga no organismo.
O uso é válido?
Essa decisão depende de cada paciente em conjunto com um médico especializado.
Há inúmeros tratamentos e complementos para auxiliar na redução dos fios que caem a fim de manter a autoestima e um bom relacionamento consigo mesmo ao se olhar no espelho.
Por mais que haja efeitos colaterais, eles também podem ser controlados e apenas aparecem em cerca de 3% dos casos.
Curiosidade
A finasterida está disponível no país desde 1998 e foi formulada para tratar e combater o câncer de próstata. Mas, após o uso contínuo, os pacientes relataram maior ganho do volume capilar.
Sendo assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) registrou que a substância também poderia ser prescrita para tratamento de calvície na posologia de 1mg.