Maternidade

Funchicórea: 5 motivos para não usá-la em seu bebê

Funchicórea

Funchicórea é um medicamento usado para diminuir as cólicas e acalmar os bebês. No entanto, há muita polêmica em torno de sua utilização. Será que é seguro utilizá-lo?

Neste artigo, conheça 5 motivos para evitar o uso deste medicamento em seu bebê e veja alternativas para aliviar as cólicas.

O que é o Funchicórea?

Funchicórea é um medicamento fitoterápico obtido a partir do extrato de três ervas medicinais: a chicória, o ruibarbo e o funcho.

A chicória é um relaxante suave, o ruibarbo auxilia na digestão e o funcho, mais conhecido como erva-doce, possui propriedades que estimulam as atividades gastrointestinais.


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A funchicórea é uma receita tradicional de combate às cólicas, sempre indicada por mulheres mais experientes. Ela foi apropriada por vários laboratórios e transformada num medicamento.

A seguir, veja alguns pontos polêmicos sobre o uso da funchicórea.


Funchicórea

1. Ele já foi proibido pela Anvisa:

Segundo a Agência de Nacional de Vigilância Sanitária, todos os medicamentos, sejam fitoterápicos ou não “devem oferecer garantia de qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população”.

Funchicórea

Em 2012, a Anvisa proibiu a comercialização do medicamento porque não havia comprovação científica de seus efeitos e também porque, por ser comercializada em pó, poderia apresentar variação na quantidade do princípio ativo da erva-doce, ou funcho.

Em 2014 a Anvisa liberou novamente o remédio porque a empresa conseguiu provar que o extrato de erva-doce não é prejudicial à saúde.

No entanto, ainda não há comprovação científica de que realmente a funchicórea é eficaz no alívio das cólicas do bebê.

2. Contém sacarina:

Uma das versões do medicamento contém sacarina, que é um adoçante artificial, que inclusive é muito comum em outros medicamentos infantis, como paracetamol e dipirona.

A sacarina, se ingerida em excesso, pode prejudicar a saúde do bebê, ainda mais no caso de recém-nascidos, que ainda são muito frágeis.

Entre os males causados pelo abuso da sacarina, indicados pela FAO (Food And Agriculture Oranization), órgão da ONU, estão: predisposição ao câncer e problemas renais.

No caso de recém-nascidos, o sistema renal, assim como o digestivo, ainda não está amadurecido, por isso, a sacarose pode ser danosa.

3. Pode desestimular o aleitamento materno:

O sabor doce da sacarose pode diminuir a sensibilidade do bebê ao sabor do leite, desestimulando o aleitamento materno. O leite materno é responsável por nutrir o bebê da maneira mais eficaz que existe, além de prevenir alergias e fortalecer o sistema imunológico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno deve ser a única fonte de nutrientes do bebê até os 6 meses de vida, quando se inicia a introdução alimentar e, se possível, deve-se continuar o aleitamento materno até os 2 anos de vida do bebê.

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4. Ele mais acalma e distrai do que faz a cólica passar:

Segundo especialistas, a cólica acontece porque o corpo do ainda não está completamente maduro e desenvolvido. As cólicas acontecem porque o corpo ainda está aprendendo, digamos assim, a digerir os componentes presentes no leite.

O medicamento distrai a criança, pois possui um sabor doce. Essa distração acaba tirando a atenção do bebê em relação à dor e acalmando-a.

5. Há alternativas simples para acalmar o bebê:

Existem outras maneiras de distrair o bebê do incômodo das cólicas.

Segundo a teoria da extero gestação, o bebê ainda está se adaptando ao mundo fora do útero da mãe, por isso ele precisa de muito acolhimento e carinho, especialmente nos momentos de cólica.

Para acalmar o bebê, é possível fazer compressas quentes na barriguinha, banho de balde, massagens como a Shantala, além de muitas outras alternativas.

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Sobre o autor

Mariana Mendes