A gravidez molar acontece quando um tumor benigno se desenvolve no útero por causa de uma gestação considerada não viável pelo organismo.
Os sintomas da gravidez molar são parecidos com o de um aborto espontâneo comum, no entanto, imagens de ultrassom podem ajudar a diagnosticar o problema. Para minimizar os riscos, é preciso fazer a retirada do tumor.
Neste artigo, saiba o que é a gravidez molar, quais são os sintomas, como identificar e quais são os tratamentos para este problema.
O que é gravidez molar?
A gravidez molar popularmente chamada de mola é também conhecida pelo nome técnico de tumor trofoblástico gestacional (DTG). Essa rara complicação da gestação acontece quando o organismo considera que o embrião fecundado não possui chances de se desenvolver de maneira saudável.
Diante desta constatação, o corpo se encarrega de interromper a gravidez. Entretanto, o que era para ser um aborto espontâneo, pode se transformar numa gravidez molar.
Para isso, basta que um tumor benigno se desenvolva dentro do útero. A mola pode ser compreendida como o desenvolvimento anormal da placenta após a falência do embrião.
Tipos de gravidez molar
A gravidez molar de tumor benigno pode ser de dois tipos: mola hidatiforme completa e mola hidatiforme parcial. Enquanto a mola hidatiforme completa é a mais comum entre as pacientes, é também a que não apresenta embrião. No caso da mola hidatiforme parcial, há desenvolvimento inicial do embrião, no entanto, ele não se desenvolve.
Segundo o Manual da Sociedade Brasileira de Doença Trofoblástica Gestacional, se não tratado adequadamente, esse quadro pode evoluir para alguns tipos de tumores malignos, como por exemplo:
- mola invasora;
- coriocarcinoma;
- tumor trofoblástico do sítio placentário;
- e tumor trofoblástico epitelioide.
Sintomas da gravidez molar
Entre os sintomas da gravidez molar estão:
- muita náusea;
- crescimento da barriga mais rápido do que o normal na gestação saudável;
- cólicas uterinas;
- sangramento transvaginal marrom ou vermelho vivo.
Atualmente os exames de ultrassonografia são ferramentas importantes para o diagnóstico da doença. Afinal, os sintomas da mola são parecidos com o de um aborto espontâneo comum, como os ocasionados pela gravidez anembrionada.
Acompanhamento e Tratamentos para gravidez molar
Logo após o diagnóstico da gravidez molar, é preciso fazer a retirada do tumor o mais rápido possível por meio da curetagem.
Entre os possíveis tratamentos, após a curetagem, quando o corpo não consegue se recuperar sozinho, estão a quimioterapia e a administração de hormônios. Enquanto uma auxilia no controle do crescimento de novas células, a outra ajuda a regular as funções do corpo, restaurando o equilíbrio do organismo.
Mesmo após o tratamento, o acompanhamento médico deve monitorar as quantidades do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG). Níveis altos desse hormônio, ou até mesmo sua persistência no organismo, podem indicar a evolução para os tipos malignos de tumor uterino.
Por isso, mulheres que tiveram mola devem fazer exames regularmente para prevenir o retorno ou a evolução do quadro da doença.
Grupo de apoio e acolhimento
Se você sofre ou já sofreu de mola, é muito importante conhecer mais mulheres que também passaram por isso. Outra experiência essencial é conhecer mais sobre o que é a gestação molar e como lidar com os sintomas. No Facebook existe um grupo destinado a acolher e oferecer informações à mulheres como você.