Maternidade

Lua de leite: como mãe e bebê se conhecem? Entenda esse período

O termo lua de leite vem se tornando cada vez mais comum, mas você sabe o que ele realmente significa?

Lua de mel é um termo que todos conhecem. É o período pós casamento onde o casal fica a sós, muitas vezes em viagem, para iniciarem a vida a dois com tranquilidade, afastados das pressões, compromissos e problemas do dia a dia.

Assim funciona a lua de leite para a mulher recém parida e seu bebê recém nascido.

O que é a lua de leite?

Basicamente é um período de reclusão onde mãe e recém-nascido podem fortalecer seu vínculo e devem ter o mínimo possível de preocupações e compromissos.


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Esse momento pode e deve ser estendido ao pai e aos irmãos mais velhos. Toda a família precisa se adaptar ao novo membro e o novo membro precisa se adaptar à família onde chegou!

A lua de leite também é o momento pós-parto onde a nova mãe e o bebê recém-nascido irão se conhecer e principalmente irão se adaptar com a amamentação. A mãe precisa aprender a amamentar e o bebê precisa aprender a mamar.


E não importa se esse não é seu primeiro filho. Cada filho é único, portanto a cada nascimento há um novo começo, uma nova mãe.

É importante muita intimidade e tranquilidade e pouca atividade física, social ou mental.

Qual a duração da lua de leite?

Cada família é uma família e não existe um prazo determinado para ela acabar. O recomendado é que ela dure pelo menos entre duas e quatro semanas.

Mas cada família conhece suas necessidades e suas peculiaridades, então cada família deve ser respeitada na escolha da duração deste período.

Qual a importância da lua de leite?

Durante esse período a mãe poderá se voltar ao seu novo momento.

Esquecer as funções da casa (como fazer comida, limpar a casa, cuidar da roupa) e dedicar-se exclusivamente ao seu bebê e a sua recuperação.

A gestação e o parto mudam muito o corpo da mãe e ele precisa de um tempo de tanto descanso e tranquilidade quanto possível.

Essa calmaria é muito importante para o sucesso da amamentação. Não é novidade, mas é sempre bom lembrar que o leite materno é o melhor alimento para o bebê, devendo ser o único até os seis meses de idade.

Quanto mais tranquilo for o ambiente nesse início de vida do bebê maiores são as chances de a amamentação ser bem-sucedida.

O contato da pele do bebê com a pele da mãe libera a ocitocina – hormônio responsável pela produção do leite. E é melhor estar em ambiente tranquilo e íntimo para a mãe poder ficar pele a pele com o bebê sem constrangimentos desnecessários.

A amamentação em livre demanda também deve fazer parte deste momento e é muito importante tanto para o próprio processo de amamentação como para a adaptação do bebê ao mundo onde chegou!

Um período de reclusão também é importante para a mãe ter liberdade para lidar com os altos e baixos de emoções causados pelo puerpério. Nada como poder sentir sem ter que fingir como se sente.

E as visitas?

A sociedade atualmente está repleta de um discurso de liberdade de atitudes que na verdade vem carregado de imposições subliminares.

A família deve receber visitas nesse período? Se a família se sentir confortável, deve. Se não, não.

A questão da visita deve ser considerada caso a caso. A visita é de alguém com quem a família tem intimidade? Ou é alguém para quem a família precisa “fazer sala”?

Se a visita for alguém para quem a casa precise estar impecavelmente limpa e arrumada e seja necessário servir algo mais complexo que uma água ou um café, é bom pedir que essa pessoa espere um pouquinho para visitar a família.

Se a visita for alguém íntimo, que a família se sente confortável para receber sem “cerimônias”, então não existe uma regra que diga que não devem receber visitas.

Na verdade, a grande regra desse período é permitir que o sentimento da mãe e o da família com um todo seja priorizado e respeitado.

É importante lembrar que a imunidade do bebê ainda é muito baixa e a mãe também ainda está frágil e suscetível a doenças, então não aceite visitas que estejam doentes. E lembre sempre de pedir que a visita lave as mãos e passe álcool gel antes de tocar na mãe ou no bebê.

A visita também deve respeitar a mãe e não pedir para pegar o bebê se a mãe não oferecer.

Melhor ainda se essa visita puder trazer alguma refeição ou algum item que a família precise!

Passear pode?

Antes de mais nada, ouça a opinião do pediatra sobre o bebê passear.

A maioria concorda que saídas longas e locais lotados – como supermercados, shoppings e igrejas – devem ser evitados nos primeiros dias de vida, mas pergunte e ouça as explicações de um profissional de confiança.

O mais importante é não submeter a família a pressões sociais. Se a saída for inevitável, o ideal é que seja realizada da forma mais tranquila possível.

Outras saídas devem ser avaliadas caso a caso e previsto o nível de stress que ela irá causar principalmente para o bebê e a mãe.

Considere se o local é muito barulhento, se oferece um espaço com um mínimo de tranquilidade para a amamentação e se o tempo fora de casa será muito grande.

E sempre faça o que o seu coração indicar. O mais importante é respeitar os sentimentos e necessidades da mãe e do bebê.

Como se preparar para a lua de leite?

Para não ser pega de surpresa, é importante se programar para ter tranquilidade nesse período!

Vamos te ajudar listando algumas providências que você pode tomar com antecedência e que irão te ajudar quando o momento de reclusão chegar.

  • Congele. Prepare alguns pratos e deixe no congelador. Eles ajudarão muito a diminuir as preocupações deste momento.
  • Converse com a família e amigos próximos sobre a necessidade de uma rede de apoio. Uma compra de última hora pode ser necessária, uma ida à farmácia. Imprevistos acontecem e será bom contar com uma rede de apoio nessas horas.
  • Procure uma pessoa próxima ou profissional para cuidar da limpeza da casa. Você não terá tempo nem cabeça para se preocupar com isso.
  • Mande um e-mail para amigos e parentes que possam querer visitar o bebê explicando que deseja ficar a sós com ele por um tempo, mas que logo as visitas serão bem-vindas. Isso ajuda a diminuir a ansiedade das pessoas que certamente irão querer conhecer o recém-chegado fofinho.

Conclusão

A coisa mais importante é que a mãe confie nela mesma. O corpo feminino foi projetado para a maternidade e a natureza se encarregará de usar o instinto para indicar o melhor caminho.

Serenidade e descanso – Na medida do possível – são as palavras que regem esse doce período, que nem sempre será fácil, mas com certeza é se suprema importância para essa nova vida que acaba de chegar e essa nova mãe que acaba de nascer.

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Redação Tudo Ela

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