O dia do exame de ultrassom que nos dá a notícia é inesquecível. “É um menino”, o médico diz e muda nossa vida para sempre. E a maior dúvida é: como criar um menino para que ele seja um homem bom?
Existem alguns detalhes importantes na criação dos meninos que ajudam a construir a personalidade de um homem mais seguro, responsável, sensível e respeitador.
Neste artigo você verá 5 dicas para ajudar na criação de seu menino para que ele se transforme num homem encantador!
Quer saber mais sobre a criação dos filhos? Veja mais: 8 TED Talks sobre maternidade e criação dos filhos.
1. Não deixe o bebê chorando:
Essa é a primeira dica para a mãe de menino, porque é um dos primeiros desafios da maternidade: o choro do bebê.
Segundo especialistas, deixar o bebê chorando para que ele aprenda sozinho a dormir ou aprenda alguma outra lição que você quer passar não funciona. Na verdade, pode agravar a situação.
O choro é a primeira forma de comunicação que o bebê possui. E aos poucos ele desenvolve um complemento: a linguagem corporal.
Antes de aprender a falar bem, o choro é a maneira que ele utiliza para pedir ajuda, comunicar alguma dor ou necessidade. Até os 2 anos de idade, a criança não tem capacidade de manipular, ela ainda não sabe o que é isso.
Quando deixamos o bebê chorando, é como se ele estivesse falando e nós ignorássemos completamente seus pedidos. E quais pedidos são estes geralmente?
- estou cansado, me ajude;
- minha fralda está incomodando;
- estou com fome.
Estes são os três desejos básicos, mas existem outras opções também. Mas a questão é: ao ignorar o bebê você acaba ensinando que não adianta ele pedir, porque nem sempre ele será atendido.
Isso traz muito estresse e insegurança ao bebê, que pode crescer e desenvolver dificuldades para expressar suas necessidades, ansiedade, estresse e falta de autoconfiança.
Quer saber mais? Leia: Sono do Bebê: um guia imperdível para a mãe de primeira viagem.
2. Respeite seu filho:
Você já viu uma mãe falando mal de seu filho na frente dele? Coisas como “ele é terrível”, “ele é um chato”, “esse menino é impossível”. Isso não é muito aceitável de se fazer com adultos, certo? Então porque é normal fazer isso com crianças?
Seu filho tem a mãe como referência e busca sempre alcançar as expectativas que elas têm. Quando a mãe fala mal de seu filho, qual expectativa ele desejará atingir? Aquela que ela falou, de ser terrível, chato ou impossível.
Perceba: se você tratar seu filho sempre com respeito, como uma pessoa como qualquer outra, mesmo que ainda não tenha crescido, ele aprenderá a sempre respeitar a todos.
Um exemplo:
Digamos que seu filho faça algo que você não aprova. Como resposta você grita com ele e o ignora quando sente raiva dele.
O que ele estará aprendendo? Que quando alguém fizer algo que eu desaprovo, eu devo gritar. Quando eu estiver com raiva eu devo ignorar.
Aí quando a criança grita ou ignora os pais, ela é terrível.
A mesma regra vale para rir quando ele faz algo inadequado, bater, xingar, tomar as coisas das mãos deles.
Não se trata de mimar a criança, mas de olhar para ela e, com respeito, dizer o que não pode ser feito. Pedir educadamente quando se quiser alguma coisa. É tratar a criança com respeito.
3. Faça com que ele ajude nas tarefas domésticas:
Muitas mulheres reclamam que estão sobrecarregadas: além de trabalhar 8 horas por dia, ainda têm que fazer todo o serviço de casa, porque ninguém ajuda.
Se o marido não divide as tarefas com a mulher ainda, é necessário converse com ele. E o mais importante: passar esse ensinamento ao filho.
Isso mostrará para ele 3 lições de ouro:
- responsabilidade: todas as pessoas são responsáveis pela limpeza e organização da casa;
- consequência: é preciso trabalhar duro para manter a casa limpa e organizada;
- respeito: é preciso manter a limpeza para poupar mais trabalho desnecessário.
Acredite, no futuro, quando ele precisar morar sozinho ou for se casar, isso vai ajudar muito na vida adulta, pois vai fazer com que ele sofra menos tentando aprender tudo de uma vez ou sobrecarregando também as pessoas com quem vai morar.
Veja uma tabela com base no método montessoriano com as atividades que seu filho pode fazer sozinho em cada idade:
4. Não reprima os sentimentos dele:
Homem não chora. Homem é bravo. Homem é insensível.
É muito comum ainda ouvir esse tipo de coisa, principalmente de pessoas mais velhas. Mas será que é mesmo verdade?
Um homem não pode chorar de emoção quando vê sua noiva entrando na igreja? Um homem não chora de emoção quando seu time do coração ganha um campeonato? Um homem também não pode chorar de emoção ao ver seu filho pela primeira vez no hospital?
Pois, é. É preciso criar o pequeno para ser uma pessoa forte, equilibrada e segura. Mas isso não se faz engolindo choro, ignorando um menino que expressa suas emoções.
É preciso conversar com eles, ensinar a lidar com as frustrações.
É a mesma coisa que vimos anteriormente: se ensinamos eles a lidarem com os próprios sentimentos respeitando isso e ajudando, eles também saberão respeitar e ajudar outras pessoas a lidar com os sentimentos. Poderão ser mais empáticos.
Os dados de estatística do Reino Unido apontam que os homens tendem a cometer mais suicídio que as mulheres, porque eles estão acostumados a guardar seus sentimentos, não contam para ninguém sobre suas angústias e se sentam mais solitários por conta disso.
5. Faça com que ele tenha empatia:
Empatia não é apenas fazer para a outra pessoa aquilo que você gostaria que fosse feito a você. As pessoas são diferentes e possuem necessidades diferentes.
Empatia de fato é fazer para o próximo aquilo que essa pessoa necessita, quer e pode receber naquele momento.
Para ensinar empatia é preciso receber empatia. E como a mãe é uma referência para o seu filho, é importante que ela saiba agir de maneira empática para que a criança tenha uma referência.
Um exemplo:
Seu filho de 4 anos quer muito ir brincar e correr no aniversário do amiguinho dele. Mas você não quer que ele se machuque.
Você tem três opções:
- você o proíbe de correr para que ele não se machuque e faz com que ele fique sentado ao seu lado;
- você deixa ele fazer o que ele quiser porque no lugar dele você ia querer correr e brincar muito;
- você fala com ele e com as crianças da festa e propõe outra brincadeira, que seja mais segura.
Na terceira opção, você terá que pensar numa solução que contemple a necessidade de brincar do seu filho, mas que garanta a segurança que ele precisa, pois o lugar é perigoso e ele pode se machucar.
Dá mais trabalho? Sim. No entanto você economiza muita dor de cabeça no futuro.
A criação dos filhos é algo que exige dedicação e muita paciência. Principalmente se queremos criar adultos responsáveis e honrados. Compartilhe esse artigo nas redes sociais e escreva sua opinião!
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