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Moda Anos 50: feminilidade e glamour que continuam em alta

Dizem que moda é algo pessoal, que cada um faz a sua. Só que não dá para ignorar as referências dos tempos em que vivemos que, por sua vez, são influenciadas inclusive por questões políticas, entre outras. Hoje vou falar sobre moda anos 50. Vem comigo!

Por volta de 1950, as pessoas procuravam alfaiates ou costureiras quando precisavam de roupas. As moças de classe média, por exemplo, mandavam fazer saias e vestidos godês, com pregas ou lisas. Sem muita extravagância. Os rapazes buscavam calças de fazenda, camisas e casacos mais fechados.

Então, depois de olhar os moldes e modelos das peças, escolhiam as que gostariam de adquirir. Quando nada satisfazia, o cliente comprava o próprio tecido e mandava criar sua roupa.

Esta introdução é para destacar o ritmo mais tranquilo de produção de vestuário naqueles períodos nos quais brilhavam estrelas do cinema como Marilyn Monroe, ícone de beleza e sex appeal que perdura até hoje.


As divas de Hollywood reinavam e exibiam a sensualidade em meio ao conflito mundial. Ditavam tendências de estilo e comportamento em pleno final da Segunda Guerra Mundial.

Quando o mercado de tecido entrou em crescimento, a moda anos 50 ganhou mais impulso. Ficou mais fácil, então, andar sempre muito arrumada, bonita, glamourosa e exuberante, como as atrizes das telonas. Eram os chamados “anos dourados”.

Entenda a moda anos 50


E por falar em tecido, aproveitando o embalo, o Brasil começou a produzir os próprios materiais e, portanto, a fazer parte da moda anos 50.

Resultado: nossas mocinhas passaram a exibir por aqui graciosos modelitos rodados, que foram ficando cada vez mais curtos (para a época), chegando ao comprimento de um dedo abaixo dos joelhos.

Os vestidos e saias da década de 1950 normalmente iam até os tornozelos, principalmente os de festa. Para brilhar à noite, as mulheres apostavam em tomara que caia, completando o look com casacos de pele, joias e luvas. A silhueta no lugar e muito marcada era a trend.

Para os looks do dia a dia, a cintura ganhava destaque e era acentuada pelo contraste com as saias volumosas. Eram metros e mais metros de tecido para confeccionar os itens alinhavados com luxo e sofisticação crescentes. Afinal, a vaidade feminina virou prioridade, assim como os cuidados com a aparência.

Mas a moda anos 50 também teve espaço para as primeiras calças femininas, que logo caíram no gosto das mulheres mais jovens, apesar do preconceito de muita gente. As adeptas da novidade eram julgadas, pois até então calça era coisa de homem. Estranho ler isso hoje em dia, não é?

Obviamente, a moda anos 50 privilegiou os rapazes… Eles aproveitavam a inspiração do sucesso cinematográfico “Juventude Transviada” (1955) para expressar atitude e rebeldia através das roupas.

A combinação perfeita para aqueles tempos era jaqueta de couro, calça jeans e camiseta branca. Uma pegada meio motociclista que ganhava charme com o topete enrolado. Era suspiro das garotas na certa!

No geral, o romantismo e a feminilidade davam o tom da moda anos 50, sempre muito cheia de novidades para encantar as vaidosas moças daquele período. Suas roupas discretas reforçavam a mensagem passada pela maioria delas: a intenção de casar, ter filhos e ser uma dona de casa exemplar.

O que não significava abrir mão da sofisticação, claro. Algo que estilistas como Christian Dior, Pierre Balmain, Chanel, Nina Ricci, Hubert de Givenchy e Cristóbal Balenciaga souberam explorar como ninguém.

Famosos, anônimos, estilistas, fashionistas, it girls ou não… O fato é que muita gente continua buscando uma pitadinha de moda anos 50 para compor os looks de hoje. Basta dar uma olhada por aí nos visuais retrôs cheios de elegância e suavidade, que lembram o “estilo boneca”.

Podemos dizer que, se romantismo nunca sai de moda, os “anos dourados” nunca mais deixarão o cenário fashion. E você, o que acha?

Até o próximo post!

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Fatima