A década de 1950 foi marcada pelo romantismo, glamour e feminilidade, além de um toque de ousadia costurado em forma de calças femininas e outros elementos, anunciando o que viria pela frente: a moda anos 60.
O final dos anos 50 trouxe o clima ideal para uma época de grandes transformações na forma de agir, influenciadas pela euforia consumista surgida nos anos pós-guerra nos Estados Unidos.
Aquela imagem do jovem de topete, jeans e blusão de couro, que começou na moda anos 50, ficou mais forte. A saia rodada perdia cada vez mais espaço para a calça cigarrete, como um grito feminino pela liberdade.
A moda anos 60 chega para balançar as estruturas, e os quadris, ao som do rock and roll contagiante de artistas como Elvis Presley.
Foi quando a roupa passou a ser mais do que roupa e, sim, um símbolo de comportamento e juventude. Era hora de explodir em cores, formas e novos conceitos.
As ideias do livro “On the Road”, da chamada “geração beat”, que entravam em oposição à sociedade, ganharam fôlego. Nos anos de 1950, sua presença era discreta, mais nos bares; nos 60, ganharam as ruas e a admiração de muitos jovens.
Era a contracultura e o pacifismo que ditavam moda. E esta já não podia ser de um jeito só, toda “certinha”; ganhou várias propostas, ligando de vez a maneira de se vestir ao modo de agir. De repente, a moda era não seguir moda…
Os padrões das tendências da década anterior não cabiam mais no corpo e na cabeça das pessoas. Aquela história de depender de alfaiates e costureiras para expressar seus desejos não tinha mais “pano pra manga”.
A indústria, claro, estava de olho no novo mercado e em sua velocidade de consumo. Tratou logo de criar produtos próprios para a juventude, que ganhou moda exclusiva, independente daquela exibida nos catálogos para os mais velhos.
Bye-bye, generalismo! Saiba mais sobre moda anos 60
A minissaia reinou na década de 1960. No entanto, ela também abriu espaço para os vestidos de bolinhas da década anterior, que foram encurtados para combinar melhor com os novos tempos e gostos.
Outras trends sessentistas foram o vestido tubinho de Saint Laurent e as estampas psicodélicas do estilista italiano Pucci, uma febre!
A ousadia de Paco Rabanne deu forma à peças experimentais feitas com uma matéria-prima no mínimo surpreendente, o alumínio. Isso mesmo! Para os fãs da inovação, não tinha coisa melhor…
E para provar que a regra era quebrar regra, ainda encontramos na moda anos 60 os looks que favoreciam a garotada que queria sair para dançar, curtir a fase e o momento de efervescência.
Assim, surgiram vestidos com total liberdade de movimentos, soltos, sem aquela proposta de modelar a cintura e ser justo ao corpo, como na moda anos 50. Em vez da feminilidade extrema e do glamour, a ordem era o conforto, com um ar unissex.
As variações na forma de cobrir a silhueta ganhavam mais destaque graças às diversas opções de tecidos, entre naturais e sintéticos, que eram cada vez mais populares. Uma festa de estampas e fibras – para todos.
Enquanto isso, a alta-costura perdia fôlego para a confecção. O ritmo frenético de produção precisava atender às necessidades – e ansiedades – dos consumidores por tudo o que fosse diferente, inédito. Era preciso mais do nunca ter criatividade para dar conta do recado.
Foi em pleno desenvolvimento da moda anos 60 que o famoso termo costureiro ganhou o título de estilista. E não necessitava mais da prioridade nos conceitos, mas no estilo.
Com o reflexo libertário dos movimentos sociais, a moda passou a ser mais unissex, focando também no público masculino. E um detalhe interessante: os estilistas não eram mais os detentores do “poder” de ditar tendências. As pessoas nas ruas faziam isso.
Vestir-se passou a ser questão de atitude. E as curvas da década de 1950 ficaram no passado. A moda anos 60 era típica de corpos mais finos. Não que isso fosse 100% seguido, mas, enfim, era o que tinha força naquele momento.
Quanta mudança, não é?
Eu fico por aqui!
Até o próximo post com mais moda para você!