Maternidade

Polvo de crochê para bebês prematuros: é seguro? Cuidados e dicas

Polvo de crochê é a nova tendência nas maternidades. A iniciativa nasceu em 2013, na Dinamarca. No Brasil, o método ganhou o nome de “polvo de amor”.

A primeira instituição a adotá-lo foi o Hospital Universitário de Aarhus. Após o emprego do recurso, o hospital constatou uma melhora expressiva nos sistemas respiratório e cardíaco dos bebês.

A febre ganhou outras instituições, que aderiram à ideia e aplicaram a iniciativa às rotinas de suas UTIs Neonatais.

Vamos conhecer um pouco mais sobre a particularidade desse brinquedo?


Benefícios do polvo de crochê

Foi comprovado que os polvos de crochê transmitem segurança para os bebês. A sensação confortável se deve, em partes, pela simulação do ambiente uterino.

Quando o recém-nascido está se desenvolvendo dentro da barriga da mãe, ele costuma brincar com o cordão umbilical e se apoiar na parede uterina. É aí que entram os tentáculos e a cabeça do polvo de crochê. Os tentáculos imitam o cordão umbilical; a cabeça do polvo, por sua vez, faz as vezes da parede uterina.

Além disso, o polvo tranquiliza os recém-nascidos. De acordo com as observações dos médicos, é comum que prematuros internados puxem a sonda de alimentação. Já quando estão aconchegados pelos bichinhos, eles tendem a arrancar menos os fios de monitoração.


Segundo os relatos, a iniciativa também tem efeito positivo no quadro clínico dos bebês. Foi constatado que o polvo de crochê acelerou o ganho de peso e a recuperação dos prematuros. Para os médicos, há uma melhora significativa na estabilidade da frequência cardíaca e na respiração dos bebês.

Além da estabilização da frequência cardíaca e respiratória dos prematuros, a ação produz benefícios familiares. O recurso parece incentivar pais e mães a participarem ativamente do processo de hospitalização do filho.

A eficácia do polvo de crochê pôde ser apurada por intermédio do que é conhecido como “estudo observacional”. O estudo é realizado por médicos do mundo todo, que endossam a opinião de que o polvo de crochê é benéfico para os pequenos.

É fundamental, contudo, abrir parênteses para o seu uso.  De acordo com especialistas, o polvo de crochê não deve, em hipótese alguma, substituir outros métodos.  O método canguru, bem como outras técnicas bem-sucedidos que visam beneficiar os prematuros, deve ser mantido com finalidade diferente.

É aconselhado que polvo seja usado nos momentos em que o recém-nascido não pode estar embalado no colo da mãe ou do pai.

A intenção é que o recurso venham para agregar às receitas já conhecidas, ao invés de substituir táticas de sucesso.

Com a combinação dos procedimentos, o conforto do bebê é maximizado.

É seguro?

Os profissionais da saúde destacam que o polvo de crochê respeita uma lista de cuidados e orientações específicas. Entre elas, os médicos salientam detalhes referentes ao tamanho, o material usado e o manejo, além de técnicas para controle de infecção.

Bebês prematuros são mais vulneráveis, e é imprescindível que cada polvo seja de uso único e higienização correta.

Isto é, os polvos não são reutilizáveis. Quando o recém-nascido recebe alta do hospital, seu polvo de crochê deverá ser levado para casa. O intuito é assegurar que o bebê se adapte confortavelmente à mudança de ambiente.

Para isso, é a enfermeira da unidade e sua equipe que estabelecem os critérios para o recebimentos. Juntos, eles se certificam que o recém-nascido atenda aos critérios para ganhar seu polvo personalizado.

Quando um bebê é selecionado, é tomada uma iniciativa de esclarecimento que visa explicar os objetivos do projeto.

Os pais são orientados a não substituírem o método Mãe Canguru, enfatizando a importância do contato entre pais e recém-nascidos. A conscientização também se responsabiliza a instruir os pais a respeito dos cuidados ao manusear o polvo em casa.

Apesar do impacto positivo observados pelos hospitais e maternidades no mundo inteiro, o Ministério da Saúde não tem uma posição favorável ao polvo de crochê. O Ministério se posiciona contrariamente à utilização do brinquedo como recurso terapêutico para prematuros.

Conforme é colocado pelo Ministério, o objeto não passa de um brinquedo. Na contramão da opinião médica, o Ministério realça que não há qualquer espécie de comprovação científica para os benefícios do instrumento. A pasta frisa que o instrumento terapêutico recomendado e insubstituível é o contato pele a pele da criança com a mãe, com o pai e, principalmente, com a amamentação materna.

Para finalizar, vale salientar que a orientação de outros métodos e o desencorajamento da prática não significa sua proibição.

O que o Ministério da Saúde procura enfatizar é que o “Canguru” não caia em desuso ou seja substituído. O contato humanizado, em posição canguru, entre mãe/pai e bebê, permanece sendo a prática terapêutica mais apropriada, porque assegura o contato pele a pele com seus pais.

Como fazer?

Com alguma habilidade e um bom tutorial em vídeo, você poderá confeccionar seu próprio polvo de crochê! Confira aqui o que precisará para criar um polvo personalizado e simples:

  • Agulha 2,5mm de crochê;
  • Fio barroco número 4 na cor de sua preferência;
  • Fio barroco escuro para os detalhes da cabeça.

Cuidados e dicas

  • O fio 100% algodão é o ideal para a confecção do polvo de acordo com as normas do Projeto Octo;
  • Para a estilização dos detalhes do polvo, é recomendado que os fios também sejam compostos 100% de algodão;
  • Os polvos ficam mais charmosos com acessórios. Experimente adicionar um chapéu, uma gravata, um bigode ou um laço;
  • Fique ligado! Em prol da segurança dos bebês, os tentáculos não devem ultrapassar os 22 centímetros;
  • O polvo deve ser higienizado em água quente na temperatura mínima de 60º;
  • Aperte os pontos! Pontos abertos podem prender os dedinhos do recém-nascido.
  • Abuse da criatividade! Polvos de crochê podem virar chaveiros super-fofos;
  • Dê aquela variada! Polvos com olhos sonolentos ficam uma gracinha;
  • Os polvos também são uma opção carinhosa de presente para bebês que nasceram no tempo ideal;
  • Muito cuidado ao inserir botões na confecção. Peças pequenas podem causar acidentes;
  • Além de chaveiros, os polvos são ótimas alternativas de penduricalhos para enfeitar o teto;
  • Não esqueça de esterilizar o polvo antes de presentear o prematuro;
  • Porta-alfinete, capa para copos ou peça decorativa, polvos de crochê são opções versáteis na decoração. Use a imaginação!

Considerações finais

E aí, gostou das dicas? O esclarecimento é primordial para o uso seguro e consciente do polvo de crochê. Agora que você já sabe, use e abuse de sua versatilidade!

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Sobre o autor

Redação Tudo Ela

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