O cuidado com a saúde na gestação é essencial, tanto para prevenir doenças para o bebê, quanto para garantir o bem estar da grávida.
Por isso, é importante se informar sobre as complicações possíveis e graves da gestação, sobretudo as que estão relacionadas à pré-eclâmpsia, como a Síndrome de Hellp.
Neste post você vai entender como acontece a Síndrome de Hellp, quais sintomas é preciso monitorar e também se há prevenção deste problema grave.
A Síndrome de Hellp é uma complicação da pré-eclâmpsia:
No início da gestação, durante as primeiras semanas de desenvolvimento do embrião, a placenta também deve se formar e se fixar ao útero.
Por motivos ainda não definidos com precisão pela medicina, em algumas gestações a placenta não se fixa de maneira satisfatória.
Como a placenta é um órgão vital para o desenvolvimento da gestação, conforme o bebê cresce mais o recebimento de nutrientes e oxigênio fica prejudicado. Saiba mais detalhes sobre a placenta neste artigo.
O organismo começa então a manifestar alguns sinais de que há algo de errado na gestação. Um dos principais sinais que a gestante apresenta é a elevação da pressão arterial. Esse sintoma pode caracterizar um quadro da chamada pré-eclâmpsia.
Pré-eclâmpsia:
A pré-eclampsia é um infecção que acontece apenas na gestação, muito mais comum em mulheres que estão na primeira gravidez (primíparas) e podem prejudicar os rins e fígado da mulher.
Para o bebê, as complicações estão relacionadas à falta de nutrientes e oxigênio nas quantidades ideais para seu desenvolvimento sadio.
A pré-eclâmpsia pode evoluir para dois quadros mais graves, que podem acontecer na mesma gestação: a eclâmpsia e a síndrome de hellp.
Eclâmpsia:
A eclâmpsia é uma complicação grave e muito rara na qual a vida da gestante e do bebê estão em risco. Ela ocorre quando a grávida convulsiona.
A convulsão, ou a eclâmpsia acontece com gestante que tiveram a irrigação sanguínea do cérebro comprometidas pela evolução do quadro de pré-eclâmpsia.
Neste caso, os vasos sanguíneos, veias e artérias do cérebro da gestante estão com algum problema de circulação. Além da convulsão, pode ocorrer também o chamado AVC, que é o acidente vascular cerebral.
Síndrome de Hellp:
Quando a pré-eclâmpsia evolui para comprometer a região dos rins e do fígado, pode ocorrer a chamada Síndrome de Hellp, complicação muito grave e também rara entre as gestantes. Pode ocorrer a partir da 20ª semana de gestação.
Hellp, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não vem da palavra inglesa “help”. Na verdade, o termo Hellp é uma sigla, que significa:
- HE: hemólise, que é a fragmentação das células do sangue, que afeta os glóbulos vermelhos;
- EL: elevação das enzimas do fígado;
- LP: queda das plaquetas, que são as células do sangue responsáveis pela coagulação.
Principais sintomas da Síndrome Hellp:
As gestantes que já possuem pré-eclâmpsia, devem fazer o acompanhamento médico específico e seguir o tratamento rigorosamente.
Além disso, é preciso atentar a alguns sintomas:
- dor no estômago: uma dor insistente na boca do estômago pode indicar que o fígado está inchado, caracterizando a elevação das enzimas, que faz parte do quadro de Síndrome de Hellp;
- dor de cabeça: dores fortes de cabeça podem indicar complicações da pré-eclâmpsia;
- escotoma: pequenos pontos pretos ou pontos luminosos que aparecem diante dos olhos.
Todos os sintomas deve ser investigados, pois isoladamente eles não indicam um quadro grave como a Síndrome Hellp. Por isso, sempre converse com seu médico se estiver com algum destes sintomas.
Uma ação simples para evitar grandes preocupações é sempre medir a pressão arterial. A pressão geralmente é auferida nas consultas de pré-natal, no entanto, caso a gestante sinta algum mal estar, pode fazer a medição da pressão em farmácias, ambulatórios médicos, hospitais e até em casa, se possuir o aparelho adequado.
Caso a pressão arterial estiver alterada, procure atendimento médico.
Quem tem mais chances de apresentar a Síndrome de Hellp:
Mulheres que estão em sua primeira gestação com o parceiro atual e apresentarem os sintomas acima devem conversar com seus médicos.
Quem já possui pressão arterial elevada ou diabetes antes da gestação também possui predisposição à pré-eclâmpsia, que pode evoluir para a Síndrome de Hellp.
Gestantes que já tiveram pré-eclâmpsia nas gestações anteriores.
Mulheres acima dos 35 anos ou com menos de 18 anos também possuem maiores chances de ter pré-eclâmpsia.
Como evitar a Síndrome de Hellp:
Não existe uma receita de como evitar a Síndrome de Hellp comprovada por pesquisas científicas.
No entanto, é consenso entre os especialistas de que um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e hábitos sadios de vida, contribuem para evitar a pré-eclâmpsia e suas complicações, como a Síndrome de Hellp.
Um estilo de vida mais saudável é a principal atitude para evitar qualquer doença. Fazer exercícios ajuda muito neste processo, e na gestação existem exercícios que ajudam a relaxar e podem contribuir para manter a saúde nesse período.
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