Maternidade

Smart crib: conheça o berço inteligente que faz o bebê dormir sozinho

A ideia de um berço inteligente que cuida do bebê enquanto os pais conseguem fazer outras atividades parece uma coisa de outro mundo. Mas, na realidade, esse tipo de “eletrodoméstico” é muito mais real do que poderíamos imaginar: os smart crib já estão à venda!

Esses produtos ainda são uma baita novidade e deixam qualquer comunidade de pediatria pegando fogo! Afinal, o uso de uma máquina para acalmar bebês não parece algo muito saudável para um recém-nascido.

Independentemente das críticas, já tem celebridade usando berços inteligentes para dar uma aliviada na difícil tarefa de acalentar os pequenos. Pelo menos foi o que o astro Ashton Kutcher e a atriz Mila Kunis fizeram.

Neste artigo, mate a sua curiosidade sobre o que é um Smart Crib. Conheça as marcas do mercado e seus valores. Por fim, veja quais são os prós e os contras do uso desse tipo de aparato tecnológico nos primeiros dias de vida.


O que é um Smart Crib?

Um Smart Crib ou berço inteligente em português, é um berço com alguns atributos tecnológicos. A principal característica dos berços inteligentes é a capacidade de reproduzir movimentos repetitivos para acalmar e ninar o bebê.

Conforme os fabricantes, os berços tecnológicos possuem um sensor de movimento que notifica os pais caso o pequeno esteja se movimentando constantemente. Essa movimentação pode indicar que o bebê não está dormindo com o balanço do berço, pois ele está com outras necessidades além do sono: fome ou fraldas sujas.

Se você já teve um bebê recém-nascido em casa, com certeza sabe como é cansativo ter que passar horas com o “pacotinho” no colo. A simples ideia de um descanso de vez em quando é realmente tentadora! Mas será que faz bem para o bebê? Será que ele não precisa de calor humano? Continue a leitura e saiba mais sobre os prós e contras dessas ferramentas inovadoras.


Tipos de berços inteligentes no mercado

Existem pelo menos três marcas conhecidas de berços inteligentes no mercado. Confira quais as funcionalidades de cada uma delas e também o preço:

1. Snoo Smart Sleeper

O Snoo foi criado pelo Dr. Harvey Karp e promete melhorar o sono de bebês e seus pais. O berço inteligente possui estímulos relaxantes em forma de movimento que embalam o sono do pequenino. Por questões de segurança, o bebê deve ser devidamente acomodado numa espécie de charutinho dentro do berço.

Veja o vídeo de propaganda do Snoo a seguir. Está em inglês, mas dá para ver como funciona:

Com um design realmente sedutor, o Snoo não apenas balança o bebê, mas também emite sons relaxantes que lembram o ambiente uterino. Segundo a marca fabricante, ele é capaz de detectar o sono do bebê e embalá-lo durante a noite para acalmá-lo. Caso o bebê não pare de chorar, os pais são notificados.

Indicado para bebês desde o nascimento até os 6 meses, o Snoo promete ser totalmente seguro para os bebês, conforme as orientações da Academia Americana de Pediatria.

  • Quanto custa? $1.160,00 dólares ou R$4038,00 reais

2. Smartnanny

O Smartnanny promete conciliar o cuidado e a atenção de que o bebê precisa com o sono de qualidade para toda a família. O fabricante afirma que o Smartnanny é um cesto de bebês inteligente que funciona como uma babá de verdade, atendendo as necessidades do recém-nascido.

Seu funcionamento é idêntico ao Snoo: balança o bebê e reproduz sons que o acalmam até que ele durma. Se o pequeno acordar, o equipamento volta a niná-lo. Caso o bebê não se acalme, uma notificação é enviada para o smartphone ou para um aparelho chamado de smatwatch.

Veja o vídeo institucional do produto:

  • Quanto custa? O Smartnanny ainda não está à venda, mas no site do produto é possível se cadastrar para receber um aviso quando o produto estiver disponível.

3. Smart Baby Crib

Há ainda poucas informações sobre o berço inteligente patenteado pela Nest, empresa vinculada às corporações Google. Sabe-se que o projeto de berço possui diversos sensores que podem acompanhar o sono do bebê, sua temperatura, movimentos e estado de saúde.

O equipamento ainda pode detectar tosse, espirros, vômitos e fraldas que precisam ser trocadas. De modo que, em caso de choro, o berço inicia uma transmissão de projeções de imagens no teto com música para acalmar o pequeno.

O produto ainda não está disponível no mercado e sequer há imagens dele disponíveis. Em matéria para o site Giz Modo, a editora do portal, Alissa Walker, mostra alguns motivos que a faz considerar esse projeto uma péssima ideia. Confira a seguir:

Prós e contras do smart crib

De acordo com o que vemos na internet, os vídeos de promoção desses berços inteligentes deixam um rastro de polêmica por onde passam. Algumas pessoas ficam aflitas de ver o bebê preso ao berço. Outras, se indignam e defendem que ter um bebê inclui dedicação e atenção que nenhuma máquina pode substituir.

Uma merecida pausa

Ao mesmo tempo, há pessoas que já passaram por inúmeras noites em claro com o bebê recém-nascido, que se lembram do cansaço e do esgotamento desse período como algo assustador. Essas pessoas defendem que esse aparelho seria muito bem vindo vez ou outra para evitar o cansaço extremo. Para que os pais consigam se alimentar e fazer a higiene pessoal, o berço inteligente poderia ser uma opção.

Portanto, um dos problemas está nos excessos. Ter um berço inteligente todos os dias em casa é uma tentação e tanto. Como saber o momento de deixar de lado a máquina para dar calor humano e carinho para o pequeno?

Falhas de fabricação e paranoia

Conforme o artigo indignado de Alissa Walker, o monitoramento constante, enviando imagens em HD para os pais e todos os apatrechos tecnológicos podem deixá-los mais preocupados e super protetores. A editora do Giz Modo ainda alerta para as possíveis falhas do equipamento. O berço pode ficar sem internet, sem bateria ou ainda apresentar problemas de fabricação. Como saber se o berço funcionará normalmente?

Privação de contato faz mal ao bebê

Segundo artigo científico da PUC-Rio, um estudo foi realizado com primatas na década de 1950. Sob a supervisão do pesquisador Harry Hallow, a equipe colocou filhotes de macacos em contato com mães artificiais, construídas com arame e tecido. Mesmo recebendo alimentos na quantidade adequada, os filhotes que tiveram apenas contato com as mães artificiais se tornaram socialmente incapazes. Os estudos de Hallow, junto com outras pesquisas da área, ajudaram a criar a base da Teoria do Apego.

De acordo com a Teoria do Apego, o contato entre o bebê e a pessoa que cuida dele é essencial para a saúde mental e emocional das crianças. Saiba mais sobre vínculo materno aqui.

Essa questão é muito polêmica, não é? O que você acha sobre esses berços inteligentes? Compartilhe nas redes sociais esse artigo e escreva sua opinião!

Sobre o autor

Mariana Mendes