O teste do pezinho é um dos exames da triagem neonatal mais conhecido entre os brasileiros. É um dos primeiros exames que o bebê faz depois que nasce. Mas quando deve ser feito o teste? Para que ele serve?
Neste artigo, você verá qual a função do teste do pezinho. Além disso, você vai saber mais sobre os tipos de exame que existem. E também vai se informar sobre como fazer o teste pelo SUS.
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Para que serve o teste do pezinho, afinal?
O teste do pezinho é realizado em recém-nascidos para detectar a existência de doenças genéticas ou congênitas.
As doenças genéticas, são hereditárias e a criança já nasce com elas. As doenças congênitas podem se desenvolver ainda durante a gestação ou no primeiro mês de vida, por causas desconhecidas.
Quanto mais cedo essas doenças são identificadas, mais cedo a criança pode iniciar os tratamentos e melhorar sua qualidade de vida.
O teste deve ser realizado do 3º até o 5º dia de vida do bebê. Com a coleta de sangue do pé do bebê.
O teste do pezinho comum:
O teste comum, oferecido pelo SUS e pela maioria dos convênios médicos, é capaz de detectar 6 doenças:
- fenilcetonúria: é uma doença crônica e congênita extremamente rara, que pode causar deficiência intelectual e dificuldade de aprendizagem, caso não seja tratada a tempo;
- hipotireoidismo congênito: é uma deficiência na produção do hormônio da glândula da tireoide e pode causar vários problemas físicos, além de estar ligada a casos de depressão;
- doença falciforme: é uma anomalia rara que faz com que haja defeitos de formação nos glóbulos vermelhos do sangue, isso causa anemia falciforme, que aumenta as chances de contrair infecções, além de outras complicações;
- fibrose cística: é um problema hereditário raro que danifica os pulmões e o sistema digestivo, o tratamento ajuda a lidar com os sintomas;
- deficiência de biotinidase: é uma deficiência no metabolismo que dificulta o processamento da vitamina biotina, a ausência de tratamento pode causar dificuldades de desenvolvimento, convulsões e outras complicações;
- hiperplasia adrenal congênita: é causadora das chamadas genitálias ambíguas, é um problema que dificulta a produção do cortisol pela glândula supra-renal, suas complicações podem causar a morte.
Teste do pezinho ampliado:
O teste ampliado é oferecido por alguns planos de saúde privados e laboratórios particulares, e detecta, além das 6 doenças do teste básico:
- toxoplasmose congênita: acontece a partir da contaminação da mãe pela toxoplasmose durante a gestação, é uma complicação rara, mas que tende a ser assintomática, e se manifesta tardiamente já com as sequelas;
- aminoacidopatias: também chamadas de Distúrbios do Ciclo de Ureia, que são variações da fenilcetonúrea, conhecidas como doença da urina de xarope de bordo e homocistinúria;
- deficiência de G6PD: é uma deficiência hereditária muito rara na produção ou no funcionamento de uma enzima responsável por enfraquecer e facilitar a destruição das hemácias, causando anemia grave;
- galactosemia: é a incapacidade de converter a galactose presente na lactose em glicose, é hereditária e rara, pode causar diversas complicações como convulsões, hipoglicemia e icterícia.
Teste do pezinho expandido:
Este é o tipo de exame do pezinho mais completo, ele é capaz de avaliar a presença de 46 enfermidades, incluindo as que são verificadas no teste básico e ampliado.
Quando mais cedo identificar uma doença, melhor é para o paciente. Por isso, este tipo de análise mais detalhada pode aumentar a qualidade de vida da criança, antecipando o tratamento de problemas de saúde que poderiam causar transtornos e problemas graves pela demora para se ter conhecimento das doenças e para iniciar o tratamento.
No Brasil, apenas o DLE Medicina Laboratorial oferece este exame. Para solicitar, você pode entrar no site Exame em Casa para solicitar o teste por correspondência e receber o resultado em até 4 dias úteis após a chegada das amostras em laboratório.
O teste é feito pelo SUS nas Unidades de Saúde, Hospitais e Maternidades:
Este vídeo do Ministério da Saúde mostra como é feito o teste do pezinho nas unidades públicas de saúde. Para realizar o exame, é necessário que a mãe ou o pai leve a criança com a carteira de saúde da criança.
A enfermeira explica como o exame é realizado: com uma picada no calcanhar da criança, para retirar as amostras de sangue.
É importante que a mãe esteja calma para acalentar o bebê, que costuma chorar um pouco principalmente por conta da imobilização do pé e da picada no calcanhar.
Os laboratórios enviam o resultado dos exames pela internet ou impressos, no caso de municípios sem acesso à internet. Os resultados são encaminhados para cada unidade de saúde para que o a mãe pegue o resultado para levar ao médico.
Caso o exame apresente alguma alteração, é necessário fazer os tratamentos indicados para cada doença o mais rápido possível. Tanto na rede pública, quanto na rede privada de saúde.
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