O Viagra é um medicamento muito conhecido no mundo todo. Desde 1998, quando começou a ser vendido pela Pfizer, a pílula azul ganhou espaço na cultura popular. Os homens com dificuldades de disfunção erétil tinham um medicamento para auxiliar nos problemas mecânicos relacionados à falta de ereção.
Acontece que, desde o surgimento do Viagra, a indústria farmacêutica passou a pesquisar e buscar um medicamento que também ajudasse as mulheres a melhorar o prazer sexual. Foi apenas em 2015 que a FDA (Food and Drug Administration), que é a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, aprovou o Addyil, produzido pela Sprout Pharmaceuticals,. O princípio ativo da pílula rosa é a flibanserina.
De 2015 para cá muito debate tem acontecido em torno do viagra feminino: Como ele funciona? É realmente eficaz? Quais são os prós e os contras? Neste artigo, saiba mais sobre o famoso viagra feminino e entenda melhor a pelêmica ao redor dele.
1. O que é o viagra feminino?
O viagra feminino ou a pílula rosa é um medicamento chamado Addyil. Seu princípio ativo é a flibanserina. De acordo com um artigo publicado na Revista Virtual de Química, o desejo sexual das mulheres não tem a ver apenas com os níveis de hormônios testosterona e estrogênio. Para que elas sintam prazer, é preciso que os neurotransmissores dopamina e norepinefrina trabalhem corretamente. Já a serotonina é responsável por diminuir o prazer sexual delas.
2. Como o viagra feminino funciona?
A flibanserina atua aumentando a liberação de dopamina e norepinefrina, acompanhado de redução na liberação de serotonina nos circuitos cerebrais relacionados ao interesse sexual e ao desejo. Segundo o artigo: “O composto apresenta ainda atividade antidepressiva na maioria dos modelos animais sensíveis a antidepressivos, porém qualitativamente esta atividade parece diferente de outros fármacos desta classe”.
3. Quais são as indicações de viagra feminino?
A Associação Americana de Psiquiatria classifica a falta de desejo sexual em mulheres como Transtorno de Interesse/Excitação Sexual Feminino (FSIAD, sigla em inglês). Para que este transtorno seja diagnosticado é preciso que a pessoa apresente pelo menos três dos seguintes sintomas:
- Ausência/redução do interesse na atividade sexual;
- Ausência/redução de pensamentos ou fantasias sexuais/eróticas;
- Ausência/redução da iniciação de atividade sexual;
- Indiferença às tentativas do parceiro de iniciar atividade sexual;
- Ausência/redução da excitação/prazer durante atividade sexual em pelo menos 75% dos encontros sexuais;
- Ausência/redução do interesse/despertar sexual em resposta a qualquer insinuação interna ou externa (escrita, verbal, visual);
- Ausência/redução das sensações genitais ou não-genitais durante a atividade sexual em pelo menos 75% dos encontros sexuais.
Além disso, para ser diagnosticada a FSIAD é preciso ter certeza de que não existem outras causas que envolvam a falta de desejo, como por exemplo:
- Transtornos mentais não-sexuais;
- Sofrimento de relação severa (violência do parceiro) ou outros fatores de estresse;
- Efeitos de substâncias/medicamentos ou outra condição médica.
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4. Quais são os efeitos adversos do viagra feminino?
Entre os efeitos adversos do uso deste medicamento estão:
- tontura;
- sonolência;
- náusea;
- fadiga;
- insônia;
- secura na boca;
- se consumido junto com álcool ou anticoncepcionais, os efeitos adversos podem ser muito piores.
5. É possível comprar viagra feminino nas farmácias do Brasil?
O Addyil é um medicamento considerado “tarja preta” nos Estados Unidos, ou seja, só pode ser consumido com indicação de um médico, que deve realizar alguns exames antes de prescrevê-lo. Além disso, esse remédio é aprovado pela FDA nos Estados Unidos, no entanto, não passou por análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), portanto, não pode ser comercializado nem utilizado no Brasil.
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